Paraísos Artificiais

Melhor que rotular filmes como” pouco instrutivos” quando o José Padilla   ( leia-se Tropas de Elite ) participa é averiguar se de fato todos vão por esse fim. Talvez pelo fato de o diretor ser outro (Marcos Prado ) e o Padilla se limitar apenas a produzir a obra se explique que Paraísos Artificiais, Brasil, 2012; tem o seu valor mostrando a estória não como mera bobagem, mas sim como caminhos que pessoas buscam para o autoconhecimento. A abordagem do mundo das drogas sintéticas leia-se Ecstasy existe, assim como existe a tal averiguação existencial dos seus principais personagens em lugares lindos como praias do nordeste brasileiro regadas com as festas raves e gente pra lá de descontraídas, até Amsterdã com sua vida noturna alucinante e culturalmente atraente com os seus museus. O fato relevante da obra não é levantar bandeiras a favor ou contra drogas sintéticas; isso no filme se torna coadjuvante. O fator relevante e já mencionado aqui é o teor em que a película tenta “acordar” pessoas no que se diz respeito a procurar o rumo do autoconhecimento. A obra tem a audácia de brincar com a linha do tempo, começando do fim para o começo, ora por vezes misturando os dois sem perder a linha tênue da estória, enfim um filme feito para seres humanos que não tenham medo de experimentar a vida e consequentemente achar o fruto disso.

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