Xingu

Xingu, do Cao Hamburguer, Brasil, 2012, veio em hora certa para alertar a estupidez e o crime que nossos representantes políticos estão cometendo com a construção da usina de Belo Monte. Todos somos crentes que o Brasil precisa evoluir, mas não de qualquer forma. Construir a usina de Belo Monte é um genocídio primeiro contra a própria Amazônia e nosso planeta, e segundo contra os ribeirinhos e os habitantes da região, inclusive os índios, que na película citada, com a dura e incansável missão dos irmãos Villas Boas em construir o parque nacional do Xingu. Alguns amigos meus saíram do cinema estarrecidos de como o próprio governo brasileiro matou tanto índios para a construção da chamada ferrovia Trans-amazônica. Pois bem, hoje não está sendo diferente com a construção dessa porra dessa usina hidrelétrica, mas ao invés dos índios dessa vez o extermínio ou genocídio será contra os ribeirinhos: gente que vive às margens do Rio Belo Monte e serão afundados literalmente quando toda a estrutura estiver de pé. Este tipo de gente é igual aos índios: só sabem viver em suas terras. Não precisa ser um dos mais inteligentes pra saber que quando os ribeirinhos forem relocados em outros locais as suas identidades também estarão perdidas. Quando me refiro a identidades, não são as do tipo RG que o homem branco criou, mas sim as identidades culturais que escreva-se de passagem são muito mais importantes para qualquer ser humano; Seja este branco, índio ou ribeirinho. Não se vai demorar muito a encontrarmos mais esse povo afogado no álcool assim como fazem os índios hoje tentando imitar nós brancos descarados. Salvemos os ribeirinhos e digamos um NÃO a construção de Belo Monte aqui na Amazônia deles, nossa e que um dia já foi dos índios também. Ah, e o filme é ótimo !  

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