Sete dias com Marilyn

Sete dias com Marilyn, do diretor Simon Curtis, 2011, Inglaterra, EUA; É antes de tudo uma cinegrafia singela de uma pop star que tem dores e angústias como qualquer ser comum, porém essa pessoa não é uma qualquer, é somente um dos sex simbol mais aclamados de todos os tempos. Pessoas como Marilyn, protagonizada pela Michelle Williams, nascem diferente dos outros, trazendo-os alegrias, fantasias; enfim escrever que a Marilyn é uma pessoa comum é no mínimo um atentado ao pudor pelo simples fato de não ser igual aos outros, mas sim uma mulher super poderosa, uma quase mulher maravilha onde tem o dom e a capacidade da “ludibridiação” e o brilho que seleto grupo de humanos tem para seduzir e transformar a vida das pessoas menos “maresóficas” e mais interessantes. Tudo isso: esse glamour e poder em forma de mulher fatal tem seu preço e infelizmente mais pra ela do que pra qualquer outra pessoa ou outro comum. Com a sua deformidade de nascença, que é ser linda e sedutora até para extraterrestre, vem também as implicações disso como a sua enorme sensibilidade, sua natureza que faz ser maior que qualquer relacionamento que se propõe a ter com qualquer homem, pois a Monroe é muito pra qualquer único homem. Essas complicações existências a faz uma mulher frágil, dependente de remédios pra dormir, ter energia, acalmar os nervos, enfim, é o preço em ser extraterrestre. Esse é um mau momento para comparar pop stars, mas não posso deixar de comentar também do Michael Jackson que morreu também pelo preço de ser de outro planeta, e isso pra ele implicou também em dependências químicas como as da musa Monroe. Tenho a impressão que ser estrela de ponta assim como eles eram fica muito complicado segurarem as “suas ondas” ao natural, simplesmente lúcidas acordando e dizendo: “vamos para mais um dia de trabalho”. Há esse nível de responsabilidade que caem sobre os seus ombros, e que as pessoas de fato cobram, sem dúvidas é necessário algo que estanque essa tal responsa do extremo estrelismo. Não estou falando de nenhum Belo ou Ivete Sangalo, estou falando de pessoas que de fato transgrediram valores morais, culturais e sociais. E a essas estrelas só temos que dar os nossos parabéns pelas suas coragens de “dar a cara a tapa a fama” e dizer muito obrigado por existirem e transformarem a isto que chamamos de mundo mais lindo de se viver.



Comentando sobre o filme de fato e não sobre minhas percepções pessoais dele e sendo mais prático e impessoal trata-se de um período em que a atriz sai dos Estados Unidos, já consagradíssima, e vai filmar uma comédia na Inglaterra, onde além de ter de enfrentar um país estranho tem de lhe dar com tudo de diferente que acontece no período da filmagem. Por ser um ET, Marilyn tem suas “saídas” para aguentar suas dificuldades, que sempre ou volta e meia aparecem em sua cachola. E uma de suas válvulas de escape é arrebentar corações masculinos alheios, e de certo modo, azarados e sortudos ao mesmo tempo. Diria que mais sortudos que azarados pelo fato de sentir sensações ao lado dela que jamais sentiriam com qualquer outra mulher, por mais legal que ela fosse essa tal mulher, pelo simples fato de ser apenas uma mulher, e não Marilyn Monroe. Finalizaria mesmo ainda apaixonado e torcendo que passe pelo meu caminho uma mulher ET, apesar de todos os riscos embutidos, de que ter a audácia em experimentar grandes sensações e experimentos que nos levem a grandes pessoas é o mais recomendável, embora não seja o mais seguro, assim como fez o terceiro assistente de direção em se apaixonar pela estrela e viver sete dias com ela. Sábia e inesquecível decisão para ele, que depois dos vulgos setes dias (vulgo porque no filme em momento algum diz que foi exatamente sete dias, e para os mais animadinhos ele não comeu ela), de fato nunca esquecera sua musa e cresceu como gente tornando-se depois um renomado documentarista e escritor posteriormente.

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