Pina

Pina - Alemanha / França / Reino Unido, 2012, do aclamado e sábio (por ter escolhido esse filme em especial) diretor Wim Wenders. Um filme para se ver ao mínimo duas vezes tamanha sua qualidade. Uma obra-prima “percepcional” (percepção + excepcional). O filme abre portas para o mundo da percepção, da subjetividade, do encantamento e tudo mais que se relacione com a dança e também com o nosso próprio corpo. O filme de tão denso e agradável ao mesmo tempo, transpõe você ao mundo das percepções sensoriais do seu próprio eu. É quase como tomar um chá de cogumelos, porém com uma sutileza e um empenho sob-humano de seus dançarinos para explicar a sua diretora Pina, que deu um chá de sumiço neles, que não dá nem pra escrever muito a respeito da obra. A sugestão é que percebam o mar de sentimentos que envolvem a película do inicio ao fim e saiam mais flexíveis em corpo e mente, ao menos foi isso que senti, mergulhei de forma tão legal na película que quando saí do cinema me achei até mais magro por ver tantas cenas de danças extraordinárias. Fora o roteiro ser uma dura pedra no filme por se tratar de coisa tipo: “Cadê a Pina, cadê a Pina” e nada de ela aparecer. Porém o fato relevante a ser destacado aqui é que o filme estava cagando e dançando para qualquer tipo de roteiro bem feito, pois tinha já uma outra estória a apresentarmos: a da percepção sensorial em sétima arte, e em 3d. Para um filme fora de série, uma nota também: 10 dançando, pois como a própria Pina que se pronuncia no abrir e fechar do filme: “Dancem, dancem ou estaremos perdidos“.

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