O guarda

O guarda, do John Michael McDonagh, 2012, é mesmo o melhor filme produzido pela Irlanda nos últimos tempos como escreve e chama os espectadores em seus folders. Com a constatação de que o irlandês já anda com o racismo desde seu ventre, cabendo só a esse povo, e nem mesmo os ingleses ou outro qualquer, a original identidade britânica, e por isso só já melhor que os outros povos de qualquer país, um policial negro americano literalmente se fode na mão de um autêntico guarda irlandês de uma cidade em interiorana. De fato, o policial britânico é bem engraçado e tem maneiras peculiares e pouco convencionais de viver sua vida. Primeiro ele acha a maior perda de tempo se relacionar com alguém e segundo: Família pra quê? Só pra encher o saco? Com uma mãe com pouco tempo de vida esse policial, que como um autêntico e único verdadeiro britânico bebe cerveja como se fosse água, como não poderia deixar de ser dando mais ainda identidade a seu personagem juntamente com a sua farda e seu boné, tem uma missão pouco comum na pequena cidade em que vive: Descobrir dois homicídios e interceptar um carregamento de drogas no porto da sua cidadezinha. Em suma a película tem dois personagens: esse tal polícia da Irlanda que é interessantíssimo (Brendan Gleeson), pois se mostra um agente da lei liberal, seja em relação a experimentar drogas ou a se envolver com prostitutas além de ágil em pensamento, e do outro lado temos um agente americano negro super certinho (Don Cheadle) que aprende que às vezes o certo é o errado. Com piadas racistas, senão não seria um filme irlandês, e com um humor inteligente por o seu protagonista apesar de ser racista ser incisivo em suas suspeitas, O Guarda é um filme diferente que nos faz sair das cinegrafias dos países que já estamos carecas de assistir e saber que o mundo todo tem cinema de qualidade.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Livros do Joca

Cangaço Novo

Mussum, O Films