Gainsbourg – O homem que amava as mulheres
Gainsbourg – O homem que amava as mulheres,de Joann Sfar, 2010, França -Conta a trajetória de um dos mais renomados astros da música e pintura francesa(Serge Gainsbourg), porém além da arte ele tinha outra carta na manga poderosíssima que era a atração fatal que exercia sobre as mulheres. A atração era tamanha fatal que o cara roubou do Marlon Brando a Brigitte Bardot, só para ter uma ideia de que o cara não era mesmo fraco nesse quesito. Ela, sem dúvidas, foi à paixão mais intensa dele que como todo artista tinha o seu lado louco, mas com ele essa loucura meio que se exponenciava tamanha sua capacidade criacional e falta de sono fumando um cigarro atrás do outro para se manter “lúcido” ou não. O cara tinha um amigo fantasma com um nariz e orelhas enormes que faz da película uma coisa dúbia, mostrando a conversa interna de cada um guardamos dentro de nós, porém este diálogo se expande também de forma avassaladora com o protagonista. E a dubiedade de valores ou a confusão de ideias do personagem desde a sua infância mostrando já uma criança atordoada com sua genialidade e vozes o transformando em “um estranho no ninho” nas convenções sociais e tratos com seus colegas de escola, mostrando sempre uma criança pioneira em suas ideias de traquinagens, saindo já desde então como referência para os outros e também fazendo sucesso com as coleguinhas já desde então por não ter medo dos “precipícios humanos”. E o sucesso com o mulheril com o passar do tempo de criancinha “já estranha” só sobe ou cresce, de modo que a película toda se desenha com essa toada de roteiro: a de um artista que se autodestrói, e por isso ou por isso e outras cositas mais nunca faltam mulher no pedaço pra ele. Uma coisa tem de ser destacada aqui: por ter um cérebro e principalmente uma alma privilegiada o artista em questão não se grila para vulgos conceitos estereotipados pela sociedade já desde aquela época. Ele caga e anda para tudo que é politicamente correto e em relação a atração que faz as mulheres se apaixonarem por ele; isso de fato é uma característica dele, talvez pela dura criação que teve, vai saber.. Pessoas de tempos em tempos nascem assim: com o cú pra lua para algumas coisas, e esse era o caso dele no sentido de alanvancar mulheres ao seu redor. Porém acredito que o sucesso dele na sedução ao abate ao sexo oposto vem muito da coisa do politicamente incorreto; mulheres gostam disso: de se darem a um perigo ou algo não devidamente pré-estabelecido. Enfim, o filme é a estória de um artista que não tinha medo de viver, por isso que a película se passa ligeira nas suas mais de duas horas, muitas vezes acompanhada de belíssimas canções francesas cantadas e “pianadas” pelo artista da vanguarda francesa e sedutor, não necessariamente nesta ordem. Uma cinebiografia justa a um artista que se prestou a transgredir valores em seu tempo; valores de caratér: monogâmico ou não, de telas de pintura e cancões; e também não obrigatoriamente nesse ordem. Ao Brasil, bastamos copiar os franceses em homenagear seus ícones, pois aqui existem muitos que merecem uma cinebiografia.
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