Titãs: A vida até parece uma festa, Os Smurfs, Cilada.com,Os Filhos de João, O Admirável Mundo Novo Baiano, José e Pillar,Em Não se preocupe nada vai

O interessante documentário Titãs: A vida até parece uma festa, dirigido e filmado por um dos seus integrantes e líderes, Branco Mello 2009, conta a trajetória da banda nacional de rock mais legal. Podemos classificar Os Titãs em duas partes: a primeira com Arnaldo Antunes até o seu oitavo LP Oblesqblom, e a segunda parte sem ele, com um grupo mais Rock Roll, porém sem letras que realmente cativassem como cativaram em seus primeiros trabalhos, excluindo-se uma ou outra música depois disso. Documentário que vale ser visto aos amantes da banda, pois mostra inéditas imagens de bastidores desde a origem da banda ao início da década de 80 até os dias de hoje, com a passagem da morte de Marcelo Frommer, a saída de Nando Reis e a desintegração ainda mais da banda. Titãs, já deu, mico não.
Os Smurfs, Raja Gosnell 2011, foi uma desagradável curtição, embora não estivesse esperando já muita coisa. Voltada ao público infantil, ouvi alguns adultos indicando-m e a película, então fui ver uma animação que não teve nada demais, com Smurfs idiotas e o casal de adultos ainda mais. Dizem que em 3D a outra estória, mas duvido muito.
Cilada.com foi uma engraçada surpresa. Quando pensei que seria mais uma merda nacional produzida, não estava de fato errado. Porém uma merda que me rendeu algumas gargalhadas, pois como diz o ditado; “é se fazendo merda que se aduba a vida”. O filme vale ser visto principalmente pela atuação do personagem Marconha, interpretado pelo multi-artista Loroza, que faz o papel de um cineasta de filmes pornô decadente.
Sou baiano, mas sinceramente ao contrário do andam se falando por aqui na Bahia, Os Filhos de João, O Admirável Mundo Novo Baiano (2011) do Henrique Dantas é um filminho. O título do filme poderia ser Os filhos do futebol. Em matéria musical a narrativa da película é desarmônica em relação ao período rico musical vivido daquele tempo. A película se prende muito em estórias pessoais, deixando de discutir a efervescência musical do grupo como um todo. Outra coisa que ficou confusa foi o título dado a película fazendo uma analogia em que todos os integrantes dos Novos baianos eram filhos de João Gilberto, sendo que se fala somente uma vez do criador da bossa nova, e o filme perde ainda mais sua autenticidade quando Baby Consuelo proíbe as suas imagens por questões religiosas.
José e Pillar, do Miguel Gonçalves Mendes 2010, poderia ter outro nome: Pillar e José já que a película mostra e enfatiza bem mais ela do que ele. Ela como empresária e principal organizadora da agenda do escritor se vê bem mais do que Saramago. Esperava ver o “Sara” dialogando suas indagações existências e seus discursos sábios, mas isso pouco se viu.
Em Não se preocupe nada vai dar certo, do Hugo Carvana 2011, destaca essa película nacional com frases ácidas como: “Pobreza é um carma que se carrega de reencarnações passadas”. Com pitadas preconceituosas a parte, a comédia se salva pela atuação dos seus protagonistas e a missão principal do filme cumprida e repassada a quem assistiu que de fato o importante é estar feliz.
Assim é, se lhe parece, um longa que faz parte da série Oconoclastas, da Carla Galo 2011, documenta a vida do artista plástico paulistano Nélson Leirner. Uma figura interessante e desnuda dos valores capitais que nos norteiam hoje, vivivendo e respirando segundo ele de arte. Quando o talento “bate em sua porta” ou nasce com você é necessário se amar com as armas de Jorge, pois este corpo fica demasiadamente transparente as invejas alheias, corpo este do Leirner, tamanho o número de santos protetores que carrega em sua corrente de peito. Faz ele bem, proteção nunca é demais.

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