Contracorrentes e A casa de Alice

Temos um filme bom a ser debatido; trata-se do Contracorrente, do Javier Fuentes-León. Com Tatiana Astengo, Manolo Cardona, Cristian Mercado. Peru, Colômbia, França, Alemanha/2009.
Em uma ilha que fala língua castelhana e não é Cuba, começa a estória de um pescador com um fotografo, como pano de fundo um belo mar azul-esverdeado. Enquanto o pescador tem mulher, filho e não se descobre homossexual, o fotografo é o bem resolvido amante. Com esse enredo de ignorância, preconceito, amor, descobertas, alucinações e crenças de vida após morte a película veleja esta bem contada estória de amor, com pudor ainda infelizmente, mas com amor. Um brutamontes pescador ingênuo e um culto fotografo boa praça, onde um procura a essência do outro, pois ambos são opostos em todos os sentidos,e como opostos se atraem, já viu hein... O que deve comentar sobre a película é que a qualidade é boa desde roteiro, maquiagem, elenco e paisagem, recomendo. Aos machistas de plantão, tá por fora irmão, vá em busca de sua evolução!


O tema classe média vem vulgas no nacional A casa de Alice, do Chico Teixeira, 2007. Com cenas viscerais, onde só seriam possíveis de serem produzidas nesse nicho maioral brasileiro, a película desdenha o cotidiano de uma família paulistana, onde a mãe: Uma manicure tarada por negrões, O Pai: Um taxista pedófilo e três filhos homens: O mais velho, de 21 anos do exercito e gay enrustido, o do meio: o boa praça de língua afiada, e o caçulinha: fã do irmão militar , e que pouco acrescentou a estória de uma vida difícil, com mil preconceitos , oriundos estes, de fontes externas: leia-se : da sociedade.
O Chico Teixeira provavelmente deve ter lido alguma coisa do Nélson Rodrigues, pois o desfecho para problemas familiares sempre fora de total desarmonia entre as partes envolvidas; talvez mirando por outro lado, O Chico só tivesse tido o trabalho de ter presenciado um jantar ou uma visita com uma família aos moldes da película. Visceralidade na contemporaneidade , é a classe média baixa brasileira, onde toda faísca pode se transformar em fogo, menos aos seus intelectos, que continuam estacionados nas tranças intermináveis e covardes da sociedade. Quero ir pra Cuba!

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