O louco amor de Yves Saint Laurent

Por puro semancol, tinha não decidido comentar um filme assistido recentemente, mas resolvi mudar de idéia, lembrando de uma frase de um músico da cena de rock local soteropolitana ( lea-se Márcio Mello), que diz: “ Que quem manda no mundo são os loucos e os caretas que se fodam”. Desta singela forma me permitirei a fazer a critica desse fuck filme.

O louco amor de Yves Saint Laurent, 2010, do Pierre Thoretton é um documentário que conta mais do que do mundo da moda somente; diria que é um documentário que conta a estória da moda.

Um documentário que em parte alguma em quase duas horas, percebi algo de desconexo, sem sentido. O filme se baseava nas estórias em que o marido do Yves, o Pierre Bergé contava.

Do lado boêmio do seu amado, de suas amizades loucas, de suas experiências com drogas, de como se transformou no sucessor estilista da marca Dior, enfim: faz um apontamento quase perfeito da fama e riqueza de seu marido e sobretudo da moda no século XX, o nosso e nem tão querido passado século.Escrevo quase perfeito, pois nada é , de fato, perfeito; Nem mesmo o mundo da moda, embora eles façam um sacrifício enorme para venderem isso: o perfequisionismo; O corpo sem estrias, a pele macia, a “saúde” das modelos e o não mau-caratismo do meio

Quando comentei que me atreveria a fazer a crítica de um filme que conta a trajetória do mundo da moda em um período de mais ou menos 100 anos, julgo como uma audácia , pois não tenho envergadura informacional suficiente para comentar tal assunto ( mas como o mundo pertence aos corajosos ou para alguns chamam-se de loucos), e embora tenha uma suposta admiração pelo meio fui então deixando-me escrever e envolver, mas com algumas ressalvas. Posso citar alguns parâmetros desse meio que não entendo ou discordo, como por exemplo: uma modelo que estraga a sua saúde para estar aos padrões da moda, mas enfim, é assim que funciona.

E as roupas então: o que comentar delas? Que são no mínimo roupas esquisitíssimas aos padrões de uma pessoa dita como normal que usa calça jeans para sair ou trabalhar. Sei que pode ser preconceito ou até ignorância de minha parte sobre o mundo da moda deste que vos escreve, ou até machismo, mas acho que os vestidos e as modelos anoréxicas são coisas pra marcianos verem, ah isso de fato eu acho! O fato, é que, quem vos escreve, como foi dito antes, és um completo desinformado sobre o mundo da moda, por falta de interesse próprio mesmo. Porém alguns aspectos “extras-passarelas” devem ser analisados e considerados positivamente, como o glamour e a educação do meio.

Se indico o documentário do estilista que sucedeu o Cristhian Dior em 1958? Sim. Mas tenho que ressalvar que quem curtirá a película mesmo é quem tem alguma afinidade ou mais informações sobre o tema. Acho que esse negócio de futebol e parafina para o surf durante a minha adolescência me deixou um pouco selvagem, fora dos eixos ditos chiques e glamorosos e pra voltar ao mundo civilizado ou estilizado da moda é de uma distância assombrosa.Mas não me arrependo. Nunca quis ser estilista mesmo, quero sim me vestir bem: disso eu gosto! E experiências juvenis e infantis são de extrema importância para se tornar um adulto sem traumas, e graças, não tive esses problemas.

Lógico que o filme foi em língua francesa onde a moda nasceu. Seria um desconexo ser em outra língua, visto que uma das primeiras estilistas da França chamada Coco, que teve um caso com o perfumista Channel, fundando o famoso perfume Chanel N 4 e outros vários, começou essa estória de moda toda que viria a seguir. Mais isso é outra estória abordando coincidentemente um tema que tem a ver com a moda: a sedução.

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