Arte e Política

Interessante a bienal itinerante de SP que está no MAM de Salvador. Itinerante, leia-se incompleta ou o quê se pode trazer. Tinha como tema a arte e a política. Como esses dois paralelos podem viver com harmonia, e como existe uma singularidade entre ambos, por mais estranho que possa parecer. A Bienal dava mais ênfase na arte: como esta era grande, e de certo modo se sobrepunha em relação à política. Saí da mostra com uma leve risada no canto na boca do lado esquerdo, e considerando, ou melhor, convicto de que arte pode ser chamada de mãe da política. Quando comento política, leia-se: democracia, igualdade, fraternidade e outras idéias desse gênero. Em momento algum tive no MAM tempo de ligar política com mensalão, o ar daquele momento me impedia desses tais pensamentos. Mas quando botei o pé fora de lá, tive que me ver fora da realidade que queria estar, ou seja, na realidade da cueca e meias com dinheiro superfaturado. Deu-me um mal-estar danado. Mas vida que se segue, e contos perfeitos não existem. Fiquei com a sensação depois de ver essa bienal, de que sempre temos de plantar a sementinha da política honesta, sem caixa dois, e arte meus caros, é outro departamento. É a mãe!

Porra, mexendo em outro assunto; tem gente que está comendo peixe radioativado no Japão. O de menos pelos acontecimentos por lá. Sou surfista, mas aquelas ondas deixariam passar. Piadas a parte, a terceira potência mundial está passando por “maus lençóis”. Pra que tanta modernidade, PIB alto, como que a natureza desprezasse tudo isso.. Imaginamos, nós aqui no Brasil com uma porra dessas. Alias será que é isso que falta ao Brasil: será que precisamos de um Tsunami e um terremoto acima de seis graus “para sair do lugar”, e varrer a mediocridade das pessoas?

Talvez não, em todo lugar tem gente desse tipo. Voltando ao Japão, por lá, as usinas estão estourando os miolos dos japoneses e turistas desavisados, és uma situação deveras difícil. Por mais esperto e inteligente que queira ser o homem, a mãe natureza dá um jeito de minimizá-los a baixarem a sua bola.

Entrando agora em solo Africano, o presidente ou ditador da Costa do Marfim pediu a renuncia do cargo. No ano da copa na África do Sul, houve um atentado nesse país com o ônibus que levava a sua seleção de futebol, matando um jogador. Tava na cara que isso iria acontecer, assim como está ocorrendo na Líbia, e o que já houve no Egito e Tunísia. O que acho dúbio nessa estória toda, é que antes esses regimes ditatoriais eram apoiados sumariamente por países como: Itália, EUA; e agora de “um estalo pra outro”, eles mudam de lado. Acho tudo isso uma grande porcaria. Enquanto isso, a ONU se encontra longínqua e omissa a todas as guerras civis já estouradas e as que ainda vão acontecer.

Tenho de comentar outro tipo de guerra que tive de encarar. Um relato de como sobreviver como empregado terceirizado em um órgão público. Sobrevivi por 1,5 anos, mas depois disso minha alma de poeta falou mais alto. Tenho de comentar sobre o preconceito que passei por ser terceirizado durante esse tempo. Acontece que os ditos funcionários públicos vagarosos leiam-se aqui na Bahia como: QI: quem indicou ou popularmente chamados de Pistolão, por ganharem uma “miséria menos miserável” se acham “os reis da cocada preta”, e botam literalmente pra fuder em cima desses terceirizados, achando que estão fazendo um favor em deixar trabalhar também Não me dou muito com hierarquias, e sim com anarquias. Ainda mais com esses tipos de hierarquias equivocadas. Gostei da experiência na área de saúde, vi muita coisa que me fez refletir de que estamos aqui de passagem. Agora busco uma área que tenha mais a minha cara, talvez algo relacionado com a escrita: Publicidade, Jornalismo.

A caminhada é longa, e se você não escolhe o rumo da tua vida, escolhem por você.

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