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Jorge Mautner – O filho do holocausto

Jorge Mautner – O filho do holocausto , do Pedro Bial, Brasil, 2012; É um documentário que conta a vida do multi-artista brasileiro; E talvez um dos artistas mais completos que nossa terra tupiniquim já produziu, pois além de cantar e compor fazia poesias e por isso e outras coisas foi um dos principais nomes da música brasileira com parcerias com Tom Zé, Gil e Caetano. O documentário mostra a sua vinda ao Brasil pelo motivo de seus pais fugirem do Nazismo na Europa. Já aqui no Brasil ele teve uma bábá filha de santo, o que contribuiu para suas miscelâneas culturais ainda bebe de colo. Quando se torna mais velho se muda de São Paulo para o Rio de Janeiro, porém sem antes esfaquear e quase levar a morte um amigo são-paulino que zombava de seu time, Corinthians, por uma derrota e vejam bem: o Jorge tinha apenas 19 anos de idade e já se via com aquela personalidade: uma coisa genial e visceralmente forte de artista de fato e natureza que lia tudo de interessante que procurava ou seus pais...

O Conselheiro do Crime

O Conselheiro do Crime , dirigido e produzido por Ridley Scott , com Michael Fassbender, Javier Bardem, Penélope Cruz, EUA , Reino Unido , Espanha, 2013. Acho que as maiorias dos frequentadores dos cinemas multiplex não estão preparadas para assistir tal filme. Acho também que os críticos de cinema não captaram a mensagem do filme, então este em que vos escreve tentará escrever o que o filme de fato quis transmitir. Tanto publico como critica primeiramente ficaram “com o pé atrás” por se tratar de um filme que aborda abertamente o mundo do tráfico de drogas de uma maneira humanizada, ou seja, nesse meio existem simplesmente pessoas normais que ficam alegres, triste, que choram , riem; Enfim pessoas normais que tem um trabalho fora deste vulgo normal para enriquecer e, diga-se de passagem, fazer muitos usuários felizes, por isso são além de traficantes um pouco de médicos também. Outro aspecto riquíssimo que o filme tem é o seu tom filosófico que os principais traficantes imprimem para...

Menos que nada

Menos que nada , do sempre pesado diretor gaúcho Carlos Gerbase, Brasil, 2012; Mostra de forma visceral e sem redundâncias a degradação mental de um jovem homem. A trama gira em torno do tratamento de um doente mental internado há dez anos num hospital psiquiátrico, onde fora esquecido por sua família, pelos pouquíssimos amigos que tinha e principalmente pela nossa hipócrita sociedade. “Menos que Nada” se inicia com um viés filosófico sobre a vida e a morte, porém rapidamente somos fisgados em um tipo de quebra-cabeça. Através de entrevistas realizadas por uma médica (Branca Messina), a trama remonta as últimas semanas de vida lúcida de Dante ( o doente mental a ser estudado ), onde tentamos descobrir como o protagonista parou naquele local e situação. O filme tem como base o conto “O Diário de Redegonda”, do médico e escritor austríaco Arhur Schnitzler (1862-1931). O autor nos mostra a história de um escriturário que se apaixona perdida e “edipidamente” pela esposa de um militar e, s...

Os suspeitos

Os suspeitos, dirigido pelo mesmo diretor do outro filmaço: Incêndios (Denis Villeneuve), EUA, 2013. Puta que lhe pariu este é um filme atípico. Pense no livro russo Crime e Castigo e já estará no clima do filme. Quem é bom e quem é mal? Esta indagação perdura por duas horas e meia da fita que por seu ar de suspense psicológico não deixa nos sentirmos monótonos apesar do filme ser tão longo. A estória começa com o seqüestro de duas garotinhas de seus 5, 6 anos. Um recém adulto com idade mental de 10 anos é encontrado num trailer na rua do seqüestro e torna-se o principal suspeito do crime. Como a policia não encontra provas um dos pais torna-se um policial a paisana e investiga o caso. O ator australiano Hugh Jackman literalmente incorpora um pai que quer fazer justiça com as próprias mãos, custe o que custar. Aí que entra a indagação inicial de crime e castigo onde quanto mais você quer saber o paradeiro de determinada coisa, menos você sabe de fato. Trata-se de um trailer psicológi...

O Capital

Le capital ou O Capital , do sempre enigmático e excelente diretor e co-roteirista gaulês Costa-Gavras, França, 2013. Repentinamente o presidente de uma mega banco internacional é diagnosticado com câncer maligno da próstata, de modo que outro executivo entra em cena, que nada mais é o nosso protagonista da trama. Em primeira instância tal homem de negócios é colocado no maior cargo da empresa para ganhar menos que o ex-presidente e por isso há indícios de que o cargo fora tomado para alguém servir de boi de piranha para um golpe no banco. Todavia tal “peixe pequeno” começa a postar suas regras na presidência do banco mundial com mais de cem mil funcionários mundo afora. A sua estratégia era de um corte radical de pessoal de 11%, coisa equivalente a tirar o banco do vermelho e menos de milhares de funcionários nas folhas de pagamento. Entretanto modesto funcionário não fora colocado na presidência por coincidência, queriam que ele comprasse um banco japonês falido para que mercenários...

Conexão Perigosa

Conexão perigosa , de Robert Luketic, EUA, França, 2013. Todos os críticos de cinema que conheço ou leio escrevem mais ou menos assim quando o filme não é bom: “ Lálálá e o espectador têm tudo para sair da sala pensando que poderia ter sido bem melhor”. Já este em que vos escreve por não ter rabo preso com ninguém, pode escrever assim: Esse filme é literalmente uma merda! Yes: refiro-me a Conexão perigosa ( Paranoia em inglês ) que aborda a competição no mundo dos negócios da tecnologia, a famosa T.I. ( Tecnologia da Informação, para os leigos ). Como enredo de início temos um funcionário (Liam Hemsworth) sendo demitido depois de um bate-boca com seu chefe (Gary Oldman). Após esse entrevero o chefe ou ex-chefe propõe um trabalho de espionagem na empresa do seu ex-sócio (Harrison Ford, como ele aceitou fazer estúpido filme?) e atual concorrente no meio das empresas de tecnologia. O jovem ganancioso aceita a proposta de emprego, pois além de mau-caráter estava devendo a Deus e o mundo po...

Gravidade

Gravidade , dirigido e co-roteirizado pelo mexicano Alfonso Cuarón, EUA e Reino Unido, 2013. Já querendo escrachar tanto um filme como o outro por ambos serem deveras maçante e monótono, se equivalem. Refiro-me ao nosso selecionável para o Oscar O som ao redor, comparando com Gravidade, que é o filme em questão a ser debatido. Façamos assim: por critério de méritos, se um for premiado o outro teria que ser também, pois as tramas, apesar de serem distintas, são chatas, enjoativas, enfim: monótonas mesmo. O “nosso” nacional de Pernambuco ainda consegue ser um pouco melhor ( e mais longo ) por mostrar a rotina de determinados indivíduos do Recife, enquanto Gravidade se presta a focar no dia-a-dia em órbita de dois astronautas. Tanto em um filme como em outro existe ações, momentos tensos ( afinal senão não seria um filme, oras bolas ), mas os dois pecam na monotonia da fita perdida. Entretanto vamos focar em Gravidade e deixar pela sorte O som ao redor do Cleber Mendonça Filho no Oscar ...