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Inch’Allah

Inch’Allah , dirigido e escrito por Anais –Barbeau-Lavalette, com Evelyne Brochu protagonizando o fraco drama gaulês de 2012. A pretensão da estória a ser contada em si é louvável, pois aborda ou ao menos tenta abordar o que a mídia não cobre: ( por questões econômicas e até óbvias ) O lado mais “fraco” do conflito entre Palestina e Israel, onde o lado palestino é o mais fraco por não ter o apoio dos EUA, contrariamente a Israel. O drama se baseia na ida de uma médica francesa a uma vila palestina prestar serviços médicos para seus carentes moradores. Por a vila ser uma zona de guerra entre os dois países nada irmãos, sempre acontecia conflitos e mortes, obviamente do lado mais fraco, ou seja, dos habitantes da Palestina. Essa “injustiça” mexe com os brios da médica com seus ideais franceses, de modo que ela acaba por se relacionar “mais” do que deveria com seus pacientes vizinhos. Afinal de contas: será que alguém de carne e osso deixaria passar despercebido tal despautério conflitant...

Dossiê Jango

Dossiê Jango , dirigido e roteirizado por Paulo Henrique Fontenelle, Brasil, 2012; Mostra de forma sublimar a morte do ex- vice presidente brasileiro Jango ou João Goulart ( vice de Jânio Quadros na década de 1960, antes do golpe militar ). O documentário tem a pretensão de provar de que Jango não fora morto por morte natural, mas sim por morte matada. Quem tem rixa ou raiva do colonialismo norte-americano imposto em praticamente todos os países da América do Sul esse é mais um documentário em que essa raiva se exponência e com verdades contundentes, escreva-se de passagem. A fita mostra como Jango, Carlos Lacerda( ex-governador da Guanabara, atual Rio de Janeiro ) e JK, que era o nosso presidente do extinto Estados Unidos do Brasil, morreram os três em um curtíssimo período de tempo entre dezembro de 1976 a agosto de 1977 em pleno período de ditadura militar ferrenha. O plano era simples: exterminar, e isso com apoio decisivo dos EUA, os principais nomes que poderiam vir a tomar a dem...

O homem que mudou o jogo

O homem que mudou o jogo , baseado numa estória real, dirigido por Bennett Miller e com boa atuação do seu protagonista: Brad Pitt, EUA, 2012. Com um gerente dito como louco um pequeno time de beisebol faz história e não somente ganha o campeonato, como também entra no Guinessbook com o recorde de 20 vitórias consecutivas. Como o time não tinha chance de concorrer com os outros times grandes da liga o seu gerente ( Brad Pitt ) recorre a uma estratégia ousada e insana para muitos; Ele que dava broncas e ordens até no presidente do time decide apostar em contratações, digamos deixadas de lado pelos grandes times, como por exemplo, um arremessador que entortava o braço no ato do arremesso e só pelo feio gesto em que ele fazia para as câmeras ao arremessar era tido como um mau jogador, ou seja, por puro preconceito, digamos estilístico. A tese em que o protagonista se apóia fora de um livro antigo feito por um engenheiro mecânico nas suas horas vagas, onde tal livro analisava o esporte úni...

A Família

A Família , dirigido e roteirizado por Luc Besson, França, EUA. Até que fim Robert de Niro fez um papel do tamanho do seu talento e consegue reviver os seus grandes personagens mafiosos. De alguns anos pra cá não conseguia entender o porquê de tal desporudamento do ator em aceitar tantos convites de filmes e personagens fáceis de fazer e porque não escrever, estúpidos também. Ele deve ter ligado o foda-se sabendo que não poderia mudar o lixo da indústria de Hollywood, se prestava então sarcasticamente a fazer papéis fúteis, assim como eram os filmes dando uma resposta ao meio: “ Se é somente pela grana, então vamos escrachar de vez”. Não foram duas nem três vezes que ouvi e li de críticos gabaritados nacionais e internacionais que o ator aceitava tais personagens por estar em profunda depressão e sua carreira estaria no final, e final deprimente. Nunca acreditei em tais críticos e achava, assim como ainda acho , que a intenção do ator era dar “um tapa na cara” da indústria do cinema ...

Depois de Maio

Depois de Maio , de Olivier Assayas, França, 2012; Foi o grande vencedor como melhor roteiro original no festival de Veneza em 2012 e isso de fato não acontece por acaso. Em 1971, aos arredores de Paris e na própria capital a efervescência política é latente. Temos como protagonista Gilles (Clément Métayer), estudante do ensino médio que vive um dilema em ser ativista político ou artista. Como ativista o pré-adulto deveria obrigatoriamente se relacionar com o mundo, lutando por este, mas como artista ele não precisava fazer nada disso: seria mais solitário que um paulistano ( parafraseando o grande Zeca Balero ), teria apenas a obrigação de auto conhecer-te e mergulhar em seus pensamentos e percepções de vida para produzir seus trabalhos como desenhista e pintor. Além do protagonista o elenco era ainda encabeçado por Christine (Lola Créton), Alain (Felix Armand) e Jean-Pierre (Hugo Conzelmann) – que militam num grupo que defendia idéias revolucionárias, porém depois que uma “ação” dá e...

Camille Claudel 1915

Camille Claudel 1915, do Bruno Dumont, França, 2013. A atriz Juliette Binoche vive um dos maiores desafios de sua carreira ao interpretar a escultora Camille Claudel quando ela vivia isolada em um hospício. O detalhe mais interessante do filme é que nas gravações em um hospício de verdade somente a atriz e a produção sabiam quem eram loucos e quem era ditos como “normais”. Esse bate-bola da protagonista em meio a esse “segredo” com as loucas do recinto, é que de fato dá toda a visceralidade do filme, e isso sem contar com a atuação estupenda e corajosa da melhor atriz francesa em atividade, que sem dúvidas é a Juliette Binoche, que se entrega de corpo e alma a sua personagem incompreendida, já que a todo tempo tentava provar que estava no hospício por pura e maldosa inveja do seu ex-marido ( o famoso escultor Rodin ) por ela ser mais talentosa que ele, ao menos é isso que comentam até hoje por ela ter sido internada compulsoriamente. A única saía, porém frustrada, era tentar que seu ...

Elysium

Elysium , dirigido e roteirizado por Neill Blomkamp, EUA, 2013. Sei que a expectativa dos fãs brasileiros do ator Wagner Moura é grande para conferir a sua primeira atuação hollywoodiana. Sem querer ser desmancha prazer e de certa forma já sendo, não esperem nada desse filme e também da atuação do eterno Capitão Nascimento dos Tropas de Elite: I e II. E o pior que a culpa para sua atuação pífia não foi nem tanto por culpa dele, mas sim de um filme com um roteiro cheio de buracos, pra não escrever super mal-feito. A pretensão da estória a ser delineada em película é boa, a idéia de que no ano de 2158 ( ou seja, relativamente não muito distante do atual ano 2013) o planeta Terra é tipo favelão, cheio de gente doente e com robôs-guardas fazendo patrulhas por um planeta feio, caótico e totalmente desmoronado e sem recurso algum para sobreviver. A idéia de fazer menção de que o inferno seria aqui na Terra futuramente é interessante pelo modo de como o tratamos atualmente, porém como isso fo...