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Dente Canino, Podecrer, Recife frio e O banheiro do papa

Dente Canino, do diretor grego Yorgos Lanthimos 2011, és uma belíssima película, digna de dizer: “acabei de ver verdadeiramente uma sétima arte”. Uma pedrada no estômago, abrange valores de família, em uma por sinal, completamente crazy. O filme levanta a pergunta: “Até que ponto e até quando vale ser ludibriado pelos pais?”. Se você Já leu ou viu alguma do Nélson Rodrigues, multiplique o que leu e viu juntos por cem. É exatamente isso que verá quando assistir ao filme. Pra quem gosta de um bom filme; imperdível. Foi selecionado para o festival de Cannes deste ano, dessa vez eles acertaram no filme, coisa que não se acontecesse todos os anos. Não que os filmes selecionados pra Cannes sejam ruins, pelo contrário em comparação a outros festivais, mas se estes festivais tentarem ao mínimo que for saírem um pouco dos filmes mais bem assistidos ou com o diretor x ou y, iriam achar coisas bem mais interessantes e que poderiam realmente passar algo. Veneza e Cannes são os melhores festivai...

Titãs: A vida até parece uma festa, Os Smurfs, Cilada.com,Os Filhos de João, O Admirável Mundo Novo Baiano, José e Pillar,Em Não se preocupe nada vai

O interessante documentário Titãs: A vida até parece uma festa, dirigido e filmado por um dos seus integrantes e líderes, Branco Mello 2009, conta a trajetória da banda nacional de rock mais legal. Podemos classificar Os Titãs em duas partes: a primeira com Arnaldo Antunes até o seu oitavo LP Oblesqblom, e a segunda parte sem ele, com um grupo mais Rock Roll, porém sem letras que realmente cativassem como cativaram em seus primeiros trabalhos, excluindo-se uma ou outra música depois disso. Documentário que vale ser visto aos amantes da banda, pois mostra inéditas imagens de bastidores desde a origem da banda ao início da década de 80 até os dias de hoje, com a passagem da morte de Marcelo Frommer, a saída de Nando Reis e a desintegração ainda mais da banda. Titãs, já deu, mico não. Os Smurfs, Raja Gosnell 2011, foi uma desagradável curtição, embora não estivesse esperando já muita coisa. Voltada ao público infantil, ouvi alguns adultos indicando-m e a película, então fui ver uma animaç...

Melancolia x Arvore da vida, e planeta dos macacos

Os opostos se esclarecem em Árvore da vida e Melancolia. Enquanto um encara com pessimismo a origem da vida, o outro vê como esparançosa e de certo modo racional -otimista aos meus olhos, em Árvore da Vida. Beleza por beleza, filme por filme, Melancolia é melhor pra mim, não vou ficar em cima do muro nesse embate dessas duas maravilhosas películas. As melhores do momento, e acho, que ficarão neste posto por alguns anos, verdadeiras obras-primas da sétima amada arte. Com um roteiro pop, Planeta dos macacos não surpreende e deixa como desfecho a desejar aos amantes da sétima arte. Fora a linhagem tecnológica do filme nada se salva. Atores fracos, e apelos holiwwodianos demasiadamente exagerados não se encaixam como um bom programa de entretenimento, pelo fato de não deixar os seus espectadores pensarem, com a imediata carga consumista norte-americana. Sei que o filme já bate recordes de bilheteria, mas saibam que é pura enganação.

Contracorrentes e A casa de Alice

Temos um filme bom a ser debatido; trata-se do Contracorrente, do Javier Fuentes-León. Com Tatiana Astengo, Manolo Cardona, Cristian Mercado. Peru, Colômbia, França, Alemanha/2009. Em uma ilha que fala língua castelhana e não é Cuba, começa a estória de um pescador com um fotografo, como pano de fundo um belo mar azul-esverdeado. Enquanto o pescador tem mulher, filho e não se descobre homossexual, o fotografo é o bem resolvido amante. Com esse enredo de ignorância, preconceito, amor, descobertas, alucinações e crenças de vida após morte a película veleja esta bem contada estória de amor, com pudor ainda infelizmente, mas com amor. Um brutamontes pescador ingênuo e um culto fotografo boa praça, onde um procura a essência do outro, pois ambos são opostos em todos os sentidos,e como opostos se atraem, já viu hein... O que deve comentar sobre a película é que a qualidade é boa desde roteiro, maquiagem, elenco e paisagem, recomendo. Aos machistas de plantão, tá por fora irmão, vá em busca...

Maníaco

Os valores do politicamente correto mais uma vez ganharam a parada, dessa vez no filme Maníaco, do Jordan Melamed- 2001, por uma sociedade moralista que criamos, não sei o porquê cargas d’agua tanta falta de culhão pra eliminar esse tal moralismo que pode vir de fontes: religiosa, cultural, política ou comportamental (que é o caso da película), mas que o “bichinho “é forte não nos resta dúvida. O filme se roda em uma clínica psiquiátrica de reabilitação para jovens de 16,17 anos. O ápice peliculiano fica quando o principal orientador da clínica manda um sermão ao protagonista, e este que antes era violento, no instante em que se curva para as regras da clínica, entende-se que fica “curado” das coisas que fez antes ou que continuara a fazer na clínica. Porém minutos depois o tal protagonista depois de ser provocado por um outro “maníaco” reencontra o seu instinto natural de instigador e justiceiro e ele praticamente mata o seu algoz a socos. Como toda película que se preze, uma estória...

Assalto ao banco central

Fica chato em comentar a um filme onde o diretor se encontra na UTI, com câncer do esôfago, que é o caso do Marcos Paulo, ator global e agora se envereda como diretor de cinema no seu primeiro longa-metragem: Assalto ao Banco Central. Mas como tenho papel de ser crítico de cinema e por isso me disponibilizaram uma coluna para tal, tenho de dar nota 1,5 a película. É aquela velha estória de que, nem tudo que tem “cara” que daria certo na ficção, as vezes não dá. Se pegarmos a notícia real do assalto do banco central em Fortaleza, com a idéia dos caras cavando um túnel e embolsando mais de 240 milhões de reais, achamos demais criativos. Não é que o filme seja ruim, até é bem feito. Porém faltam talvez elementos fictícios que quase todo filme que quer imitar uma realidade faz. Sem isso o filme se torna previsível demais, chato. Uma prova que novela é uma coisa, seriado de TV e outra e cinema é outro degrau acima, não dá pra empacotar tudo em um saco só.

Cult movies - Partes Usadas, Os limites do controle

Partes Usadas, do Aarón Fernández Lesur, 2007, foi uma boa surpresa. O feitiço virou contra o feiticeiro, onde todos são vitimas da miséria e de seus sonhos. Isso pelo fato de o roteiro abordar uma escravanização de um maior para com um menor de idade. Resumidamente conta a estória de Ivan, um mexicaninho de 14 anos que abandona sua labuta de lavador de carros para passar a ser roubador de peças automotivas com o sonho de, 9 entre 10 mexicanos pobres, que querem ter grana pra pagar a um coiote e levá-los aos USA e mandaram dinheiro para suas famílias a posteriori; nesse aspecto peculiar da grana, o protagonista adolescente se parece com o sertanejo que vai para São Paulo e Rio de Janeiro afim de mandar algum para os parentes duros, até em suas peles castigadas pelo sol e sofrimento. Filme que vale ser assistido, e porque não, digamos que poderíamos o classificar como a Cidade de Deus mexicana. Lealdade, amizade, ambição foram temas preponderantes dessa película mexicana com atuações ...