Big Jato
Big Jato , de Cláudio Assis, Brasil, 2016. Os mais céticos poderiam dizer que “poesia de cú é rola”, mas não é bem por aí e o filme mostra bem o porquê. A obra é uma adaptação do livro homônimo do jornalista Chico Sá. Posso até me adiantar e afirmar que o protagonismo desta obra não é um só, mas sim uma família. O ator paulistano talentoso Matheus Nachtergaele faz dois papeis antagônicos e profundos que dão o tom sarcástico que a trama necessita. Ele se vira no pai de família que é dono de alguns filhos ( três ), e tem um caminhão que limpa a fossa das casas da cidade de Peixe da Pedra que ainda não tinham um vaso sanitário, a sua vasta maioria no sertão nordestino. Caminhão esse que tem o nome do filme: o super big Jato que vem para limpar as literais cagadas dos moradores do simpático nome do município de Peixe das Pedra. E ainda o Matheus faz o papel do irmão desse cara limpador das fossas alheias: um radialista anárquico que encantava e encorajava as pessoas que queriam sair do lu...