Como sempre faço, fui à praia dar um chuap (mergulho), tomar um sol, etc. para ocupar-me da vida de vagabundo total, onde o sistema ainda não me descobriu! Na praia tomei um banho e voltei pra areia a fim de acabar mais um romance literário em minha vida. Concentrei-me e esqueci do mundo por completo. Quando fui “reacordado” por mais um pedinte de praia:” Oh literário, tô desempregado, não tem uma moedinha aí não, me arranja uma?” Para minha surpresa (pois realmente nesses últimos tempos, não acho nada nem bom, muito menos ruim), me incomodei com o pedinte e o fato de ele ter-me me adjetivado de literário. Devo ter rangido a testa no momento do adjetivo, e ele logo voltou a conversar outra coisa, como: Isso aí é livro de direito, tá estudando direito?”. Vi que nesse momento seu ar de desequilíbrio chegou a um ponto bastante significativo, e logo lhe falei: ”não, não é direito não, tenho nada não, valeu”, pedindo indiretamente que fosse embora e me deixasse em paz com aquela cara de mal...