A Vida

   Apesar de ter duas graduações, mas a escola que aprendi mesmo foi a de Itapuã, em minha adolescência: ensinamento este que perdura-se até os dias de hoje, pois conhecer-se a si mesmo não tem data nem tampouco tempo para devolução. Em Itapuã embrenher-me , aos meus completados recentemente 16 anos, ao mundo da procranástia junto ao descobrimento do meu verdadeiro poder de masculinidade, pois até então acontecia uma sacanagem infantil, do futebol selvagem, com uma garota-macho que dava geral para a comunidade em que , inclusive eu era uma voz importante a ser ouvida, por ser bom no futebol ou por ser uma pessoa em formação que fazia interações e até trocava informações com pessoas influentes do bairro, e que suas intenções fossem divulgadas, e principalmente implantadas no bairro -cidade em que vivia.  Fato é que cresci e ainda vivo neste mesmo bairro, onde este mesmo que fora um puta privilégio em crescer, agora se torna um insuportável local, onde vivem-se idosos e nada mais. Pois sim, estes mesmos “idosos” que foram minha formação de caráter, agora os acho andando de muletas, perguntando se me lembravam deles; respondo-lhes: Caralho ( assim mesmo, e eles arregalam os olhões de anciãos quando me ouvem dizer este palavrão), é claro que me lembro de você, ou melhor, do senhor nome fulano... Além do mais : o que o senhor(a) ver aqui à frente é fruto da educação que a comunidade do bairro me deu, além da educação da minha família, óbvio. Perdi muitos amigos idosos, inclusive meu progenitor: um paulistano que nada tem a ver com minha área de nascença, mas tem muito a ver com minha alma, e alma não se discute nunca, apenas se sente. Ou seja: me sinto um legítimo italiano, mesmo morando no nordeste do Brasil, afinal eles escolheram a fucking São Paulo, Rio ou Bahia para se instalarem? Pelo que sei meus antepassados se contiveram em Itú, onde tudo é grande, no interior de São Paulo, mas meu pai, gaiato como sempre, resolveu se apaixonar por uma sertaneja baiana e aqui estou vivendo na minha terra natal: Salvador. É tudo bastante confuso, assim como é a vida, embora muitos falarem o contrário e tal, que basta não complicar que se vive sem maiores preocupações; Nada disso: por mais que fique na sua o ser humano é, por si só, complexo por natureza e ponto final. Partindo desta premissa me criei: a base de onda do mar e água de cocô, e o que só via eram essas disparidades de culturas entre o sudoeste , da zona oeste de sampa, e a secura de viver em uma capital do nordeste brasileiro. Isto influenciou, bastante, em minha formação como individuo produtivo( ou não), e também como ser humano. Comecei a viajar pelo Brasil à convite de festivais de cinema, e vi esta disparidade de cultura, como também condições sociais que se vive no Brasil.  Tenho sorte por me tornar boxer, e “não comer nada de ninguém”, pois aqui, ao menos em Salvador, tem que ser corajoso ou “enxameiro” pra sobreviver. Enfim, com meus três anos incompletos de aulas de boxe, consegui, de certa forma, encarar e viver numa cidade que tem violência como lema, ou seja, mesmo pedalando de bike na orla, após um baseado, ficava sempre atento, e principalmente fazendo cara de “Mau”, de escrotão: de quem vinhesse ,ao mínimo trocar uma ideia comigo, poderia se dar bem mau, haja vista que este era, e ainda é, a lei dos “civis” na capital da Bahia. Acho que a terra que eu nasci: Salvador, pode e poderia ser bem mais evoluída do que é. Dizem que só falta para a mulher dominar o mundo , que elas roubem de nós o senso de humor e os espermas, para então se auto- reproduzirem , e com estas coisas em mãos, nos eliminarem. Acho que é mais ou menos por mais. Ou seja: não devemos subestimar a ânsia de poder feminino, e ao mesmo tempo, preparar-nos para novos tempos, onde a mulher ganha a mesma coisa do homem no mesmo cargo, e acima de tudo que nós, homens, perceba que uma igualdade entre sexos é justificável, e principalmente justa, afinal estamos no século XXI, e uma mulher pode dar bem mais a uma organização , sobretudo porquausa da sua sensibilidade e sexto sentido de fêmea e mãe, onde se acha um perigo invisível, onde só depois vemos se realmente foi um perigo ou uma loucura feminina.   

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