Saudade
Saudade, dirigido por Paulo Caldas, Brasil-Portugal, 2017. “ Saudade só quem sente é quem perde algo”,
diz um dos inúmeros entrevistados do belíssimo documentário luso-brasileiro.
Trocando em miúdos, só quem sente saudade é quem perde algo ou alguém, mas
principalmente alguém, e se porventura, esse tal alguém nunca ligou a mínima pra
você, então você não tem saudades dessa pessoa; tem outro tipo de sentimento,
mas não a saudade e também não saberia dizer-lhe que sentimento és; cabe então
a pessoa abrir a caixinha de memórias e estudar qual tipo de sentimento carrega
por alguém que você não vê mais, seja este(a) vivo(a) ou morto(a). A conexão
entre saudade e memória é instantânea, pois quando sentes saudades de alguém é
por uma devida circunstância vivida por você e aquela pessoa que deixou a vulga
“saudade”. O documentário é interessante porque pega o tema da saudade e expõe há
diversos conceitos ou profissões artísticas, especificamente. O diretor exclui
as profissões formais, tais como: economista, advogado, engenheiro, médico,
publicitário etc; pelo simples e eficaz motivo que todas essas e outras profissões
citadas ou não estão, em algum momento, circundados ou simbolizados por um
artista plástico, músico ou cineasta; então a magnificência e amplitude do
léxico Saudade estão, diria ou escreveria, que completo com os relatos dos
artistas , estes: gringos, “portugas” e brasileiros.
Documentário bom de se ver, e
melhor ainda de se sentir.
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