O Eclipse – L’ Eclisse
O Eclipse – L’ Eclisse, dirigido por Michelangelo
Antonioni, Itália, França, 1962. O crítico italiano Adriano Àpra vai me
desculpar, mas não achei que o filme transpassasse a dificuldade do diretor em
se relacionar em um alienante mundo moderno, como menciona em Masterclass após
a sessão. Acho até que o protagonista, interpretado por Alain Delon, e por isso
um espelho de Antonioni, vai muito bem ao que concerne as mudanças dos tempos.
Protagonista esse que trabalha na bolsa de valores de Roma e mora em um edifício
pouco moderno, escrevemos assim. Assim como também não achei que a Monica Vitti
estivesse com algum tipo de estranhamento no que diz respeito aos tempos
modernos e suas consequências. O que vi em tela aqui no CineBh foi um filme
experimental que mostra a classe burguesa de Roma à época. No que tange algumas
cenas acerca o racismo, onde em uma festinha esses seres burgueses imitavam o
dançar e alguns gestos dos negros africanos do Quênia, o critico italiano nos
norteia afirmando que não existiu nenhuma má- intenção do diretor, este só quis
configurar em tela o quão era difícil encontrar um negro na Itália da época,
por volta dos anos 1960. Sobre o título da obra O Eclipse ocorreu-se devido a
um eclipse em Roma na época, de modo que Antonioni ficara tão ansioso pelo
acontecimento da natureza que nomeou seu filme com este nome, e olha que o tal
eclipse seria uma farsa, ou seja, não ocorrera segundo o crítico italiano. Por
fim cabe a mim então afirmar que é importante assistir a um clássico desse rompante
para ter em mente que o cinema fora construído por camadas ou por época
distintas, sendo que cada época contemporânea se alimentava da anterior. E
assim caminha a sétima e nova arte em comparação as outras, porém já carimbada
como a arte do século XX que veio para representar melhor a humanidade em
comparação ou em relação a todas as outras. Filmografia obrigatória aos amantes
da sétima e prestigiosa arte.
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