Filme de Abertura do 10 CineBH International Film Festival - Elon Não Acredita na Morte.



Filme de Abertura do 10 CineBH International Film Festival - Elon Não Acredita na Morte , dirigido por Ricardo Alves Jr., Brasil/MG, 2016. Este talvez tenha sido o longa mais interessante que vi esse ano. A história é tão estapafúrdia que somos sugados por ela. Por sua “transdimensuração” que nos provoca. Em suma temos o protagonista Elon, um vigia noturno, que de um turno para outro não vê a sua mulher dentro de casa . Ela foi dar um "zig-now" e ele sabia da natureza da companheira. Ainda assim Elon busca a esposa e principalmente a si próprio. Elon é de fato um personagem que nos cativa por seu nível de ligar o dane-se para tudo e para todos, assim como o fez em estupenda cena em que na hora em que fora demitido por faltas, o mesmo dá um arrotinho sacana como resposta a sua demissão, e somente porquausa daquele ar provindo e destemido saído urgentemente da sua boca, pegastes uma demissão por justa causa, ou seja, uma baita sacanagem do empregador já que Elon já não ligara a nada ou não queria saber de nada a não ser o paradeiro da sua amada que o deixara. Vai então a procura na casa da sogra e esta não o deixa entrar e nem diz do paradeiro da filha. O filme de quase 90 minutos é surpreende porque é focado na face de Elon ,e este fator nos faz um tipo de cúmplice das ações e não ações do protagonista. Todavia ou também assim o filme tem a magnitude de focar nas nuances da face de Elon, um sujeito bem esquisito, e que de fato como o título sugere, não tinha medo de morrer porque já o estava ( morto ou vivo mas morto) quando perdera sua amada. Elon é um poeta analfabeto que por isso teve que ser vigia pra ganhar o pão de cada dia e se dizer "normal" e " sem periculosidade" para com a nossa sociedade. Na real  Elon explode no fato de que a sua amada o abandonara e faz tudo que queria fazer sempre: transgredir em todos os sentidos e maneiras possíveis, mas como fazer isso se nem saber escrever o nome sabia? Através de gestos ou as faltas destes nos mais simples acontecimentos sociais, como não dar um Bom dia ou não querer se comunicar de forma alguma, e isso não se importando nem um pouco com o juízo de valores que poderiam fazer dele, na real ele nem tinha a dimensão disso e de nada aquilo; ele simplesmente segue seus impulsos de poeta doído( de dor) e se comporta com a melhor das boas intenções, para ele somente, para segurar a onda da falta da sua escrota amada. Eis que um dia a sua amada magra e bem acabada das farras e orgias volta pra casa e Elon como um poeta “pombo sujo” e abestalhado trepa visceralmente com aquela mulher de olheiras grandes e que fazia a cabeça do Elon. Um filme para ser analisado e assistido mais de uma vez, e o 10 CineBH International Film Festival acertou em cheio em selecioná-lo para seu filme de abertura.

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