O Último Retrato

O Último Retrato, de Arthur Touto, Brasil, 2016. Trata-se do primeiro filme de ficção do diretor. Rodado metade em São Paulo e outra em Curitiba, o filme é no mínimo instigante, e escrevo no mínimo porque muitas indagações o filme pode nos transmitir em temas existenciais profundos como morte e perda. Não sabia que quando alguém morre, outro alguém precisa solicitar sua conta do Facebook; não a toa existem tantos falecidos por lá, agora entendo. Fato é que agora Amanda precisa lidar com a ausência de Pedro, supostamente seu marido. Amanda alimenta o "face" de Pedro com fotos suas, transmitindo que aquele que está por lá ( no face ) ainda esteja vivo. Amanda se faz de Pedro publicamente para se sentir próxima de uma pessoa que já foi, e de certo modo, aos poucos, ou aos muitos, Amanda vai conseguindo ficar igual a Pedro, ou seja, invisível. Achei o curta profundo porque tive a sensação de morte, de uma auto-morte(conhecido também por suicídio) de Amanda. Enfim: perdas, incompreensões de vida e de morte, dependências emocionais dos que já não estão aqui entre nós são jogadas em tela para que julguemos Amanda e perguntemos, e se fosse comigo, como agiria? Difícil saber a resposta, só vivendo a situação. No meu primeiro dia , sem dúvidas, o melhor filme que vi na Mirada Paranaense do Olhar de Cinema.

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