João e Maria

João e Maria, de Eduardo Baggio, Brasil, 2016. O curta metragem faz parte da mirada paranaense do V olhar de cinema, festival internacional de Curitiba. João pede na rádio uma namorada pra ele, que tenha menos de sessenta quilos. No decorrer do filme que percebemos que João era violeiro, mas a música já não o completava como dantes então. Agora com sessenta anos caça desesperadamente uma mulher para passar o resto dos seus dias. A mulher aparece e João tem o que pediu na rádio, mas será que João ganhou mais ou perdeu? Esta pergunta regurgitou-se em minha mente pelos seguintes aspectos: já que João era músico, porque então abandonar sua paixão, só porque sua nova namorada não queria um "cara de farra"? João aceita a sua derrocada profissional em prol da sua felicidade matrimonial, mas eis que o Ás de copas surge na trama híbrida; Maria não só arranca o coração do seu carente amado, mas como também rouba a sua profissão, fazendo de João um acompanhante para ela , agora cantar. Ou seja: em uma flechada só Maria arruma um marido e um novo emprego, o do seus sonhos de garota. E João se dá por satisfeito com isso. O filme aborda de como cada indivíduo tem ambições diferentes; vamos chamar a Maria de escrota e o João de otário, podemos fazer isso? Claro que não, se Maria tem mais ambição em vencer na vida que João, que já se deu por satisfeito pelo que fez e tem, não vamos julgá-los, mas que ambição ajuda para que o sujeito pense alto, isso ajuda, sejamos então todos Marias, mas não "as vai com as outras", mas sim as que tem atitude.

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