Desajustados ( Fúsi )

Desajustados ( Fúsi ), de Dagur Kari, Islândia/Dinamarca, 2016. Se pensas que és o único lado ruim da laranja, adveja que existem outras tantas laranjas, das quais podem existir lados podres também, e juntando com o outro lado sem gosto, ou com gosto duvidoso, aí sim podes fazer uma laranjada, e quem quiser que a tome, aí já é problema de quem se propôs a experimentar o refresco. Através dessa metáfora podemos apresentar um pouco o nosso protagonista: um sujeito gordo que trabalhava como empacotador de bagagem em um aeroporto e sofria bullying dos seus colegas de trabalho quase que diariamente. O rapaz, quer dizer, nem tão rapaz assim, já que estava com quarenta anos e vivia na casa da mãe ainda; todavia este sujeito, certa vez, pega sua mãe de quatro com seu namorado na área de serviço e toma um certo susto com o que vê, mas o que ele esperava, já o bastava como virgem na estória, não? Com tais características esse cara ganha umas aulas grátis de dança country por parte do seu “sogro” e lá conhece o tal do outro lado podre da laranja que mencionávamos: uma gari que tinha vergonha da sua profissão e por isso dizia que trabalhava em uma floricultura, coisa bem distante do seu oficio, que era mexer com mau cheiro dos lixos caseiros, ainda que estes teriam sido islandeses com a reciclagem sendo obedecida por parte de um povo um pouco mais educado. Entretanto os dois se gamam, e aí sim, podemos afirmar que existiria uma laranjada, ainda que não tão boa assim. Brincadeiras à parte o que chama atenção são duas coisas basicamente, que são: uma tremenda atuação por parte do protagonista (Gunnar Jónsson), chamado por Fúsi, título original da obra inclusive, e ser também um filme da Islândia, que se encontra nas melhores salas de cinema da sua cidade e vale o ingresso pela atuação do ator.

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