Que Estranho Chamar-se Frederico

Que Estranho Chamar-se Frederico, dirigido e co-roteirizado por Ettore Scola, Itália, 2013. O último filme do Scola fora uma homenagem ao seu amigo de fé e irmão camarada; o cineasta, talvez, mais importante da terra da bota de todos os tempos; ao menos para Scola ele era e este que voz escreve compartilha também mesma opinião. Não à toa surgiu o adjetivamento chamado por Felliniano virou moda quando alguma obra pulsa pelo destempero em misturar o real com o fictício. Frederico era isto; um ser a frente de seu tempo que cagava e andava para o politicamente correto e, por isso, foi apelidado de cineasta Pinóquio por suas obras brincarem com sonhos e realidades em um mesmo plano com a mesma proporção. Fato é que a bela homenagem a Fellini é um primor para quem é apaixonado por cinema. O filme, que é meio uma ficção com documentário ( como não poderia deixar de ser de outro jeito, em se tratando de Frederico ) nos permite a conhecer a trajetória de ambos cineastas desde do seus inícios. Ou seja, quando ambos começaram a engatilhar na arte, mas não especificamente no cinema, mas como cartunistas no jornal mais politicamente incorreto da época da Itália. Fellini chega ao jornal com dezesseis anos e logo após Scola chega com dezessete. O tabloide era de humor negro. Plataforma esta propícia para ambos aplicarem suas piadas sem pudores. Daí do tabloide para o cinema fora uma questão de tempo. Primeiro Fellini entrou no esquema, e depois levou Scola consigo para os Estúdios. Detentor de três óscares Fellini se consagra com um mito para o cinema italiano e mundial, e até tenta uma carreira como ator em um filme do Scola, porém sem muito êxito ( cada macaco no seu galho..). Não acho descabido escrever que o filme não é só uma homenagem de um cineasta para com outro, e sim o que uma obra fílmica permite a perpassar isso de uma maneira, até inconsciente, meio que homenageando o cinema como um todo, e não só um cineasta, mesmo que seja este de peso como Fellini, com adjetivamentos tais como: A arte de improvisar, ou a arte de fazer pelo sacrifício sem inspiração alguma é que nos leva a uma única conclusão: Que fazer cinema é para poucos, pôr a sétima arte englobar tantas artes em um só formato. Então cabe a este que vos escreve mais uma vez parabenizar não só ao Scola, que nos deixou esse ano, ou a Fellini, mas sim a todos os cineastas que botam a “cara para bater” e fazem seus filmes, seja este curtas, médias ou longas metragem. O que importa é esta coragem em fazer uma obra cinematográfica. Se vem inspiração para tal lavoro, ótimo, caso não role vamos com a expiração somente mesmo e muita vontade de trabalhar para fazer o filme. Um salve a todos os cineastas mundo afora: A revolução quem faz somos nós.

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