O Escaravelho do Diabo

O Escaravelho do Diabo, obra literária de Lúcia Machado de Almeida, com direção de Carlo Milani, Brasil, 2016. É muito bom assistir a clássicos da nossa literatura em adaptações para a sétima arte. Sente-se um clima de nostalgia, porém ao mesmo tempo, analisamos como se escrevia naquele tempo em comparação a hoje. As histórias de antigamente eram bem mais ingênuas. Se estivesse escrito que tal obra fosse destinada ao público infantojuvenil, esta não sairia das rédeas, até mesmo por que vivíamos em um período de censura ou pós censura da ditadura militar. Hoje vocês creditariam o livro best-seller Mundo de Sofia do norueguês Jostein Gaarden como uma obra destinada ao público infantojuvenil? Acho que não; tive o prazer de ler esta pérola para abrir meus horizontes aos vinte e dois anos e agora, relendo, que de fato estou entendo o livro. Então é nítido que em épocas diferentes também existiam um teor diferente no tocante “ a profundidade” da obra discutida ou lida. Entretanto voltemos ao filme O Escaravelho do Diabo e está ainda tudo ali, embora que adaptado; um menino Super-herói curioso e um enigma a ser decifrado: Quem teria assassinado seu irmão e outros tantos ruivos de uma cidade paulista de trinta e um mil habitantes, onde a ocorrência de pessoas ruivas era mais alta do que a de habitual em comparação a outras cidades brasileiras. Quando pequeno, hoje lembro como queria ser aquele moleque anárquico que estava a beira da própria sorte após a morte do seu único irmão e responsável, pois pelo que se sabe a mãe estava em um festival de flores exóticas em Amsterdã ( sabemos que flor seria essa né... ), e por isso não estava nem aí para seu filhote, aliás nem sabia da morte do seu primogênito. Como mencionava a magia deste moleque que se fazia de policial para saber quem matava todos os ruivos da sua cidadezinha, foi o ponto chave do filme. Se sua atuação teve algumas falhas, acho super natural, afinal é um ator mirim em formação, e está errando neste filme para acertam no próximo, Oras... Fato é que o filme nos apresenta mais que um tom nostálgico; a obra fílmica permite também a observarmos uma puta direção de arte e uma direção coesa. Filme para todas as idades hein, podem pegar a pipoca e reunir toda a família.

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