Juventude

Juventude, de Paolo Sorrentino, Itália, 2106. Meu pai já me dizia: “ Italiano não entende nada de tevê, nisso eles são fracos”. Ele esqueceu de adicionar o atual cinema italiano. Não me refiro a Pasolini ou tampouco a Fellini, mas aos atuais. Aliás Fellini é uma tara desse diretor que iremos comentar agora. Sabe quando você dá aquele pulo maior que sua perna? Ele faz isso, e se estrepa não chão e leva consigo todos que embarcam consigo. O que quero dizer é que o diretor fica na ânsia de querer ser um Fellini, e não o consegue porque a cópia só é aproveitada até certo ponto, após azeda. Sorrentino quer configurar em sua obra uma ode à velhice; como o corpo físico se “entripufêca” diante do tempo. Mas fica somente nisto. Ou seja: Suas obras não conseguem transcender aquilo que está exposto em tela; coisa que Fellini fazia, pois após assistir suas obras, é possível imaginá-las em sua forma original e em suas diversas facetas as quais somente sua imaginação teria o poder de controlá-las. Diante disto exposto e transposto que a cópia é uma vera formalidade da sua original, eis aqui que tenhamos “Youth”; uma tentativa de “tocarização”, ou infligiçao de comunicar-se com o outro, nobre do diretor em “avisar” ao público de que forma o tempo é inimigo da perfeição. O filme abre com um ator, fingindo-se ser Diego Armando Maradona, passando mal após um mergulho na piscina por falta de fôlego. A ode à velhice de Paolo Sorrentino tenta mostrar a ambiguidade de ter idade e não ter saúde, ou não ter mais idade ( já na faixa dos oitenta ) e ainda saúde ( mas saúde pra que, já que morremos antes do cem mesmo...). Fato é que continuo com a opinião do meu pai: Os italianos podem ser bons de cozinha e de outras coisas, mas se tratando de tevê e cinema atuais são um verdadeiro fracasso.

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