Homeland: Iraq Year Zero / Terra Natal : Iraque Ano Zero

Homeland: Iraq Year Zero / Terra Natal : Iraque Ano Zero, dirigido e roteirizado por Abbas Fahdel, Iraque , França, 2015. O excelente documentário tem 334 minutos. Ou seja: É preciso bastante fôlego para assisti-lo. Porém trata-se de uma obra importantíssima para entendermos o que estamos passando hoje quando o assunto é o terrorismo, mas vamos por partes. Como a física nos ensinou que para cada ação existe uma reação de igual proporção ou força. Pois bem, primeiro dissecaremos o porquê os EUA terem invadido o Iraque com a desculpe esfarrapada de tirar do poder Saddam Hussein, que sabemos, não era nenhum santinho, mas sim um sanguinário sem precedentes naquele país, mas a pergunta ainda continua: Porque os EUA, comandado na época pela besta do Bush Filho, quis invadir o Iraque? Hoje sabemos que desculpe que eles deram era esfarrapada ( de que o Iraque estaria produzindo bombas químicas ). Quem produz isto em vasta escala é o Iran e a fechada Coreia do Norte; todo mundo sabe disso, mas ninguém faz nada. A invasão ao Iraque tinha um único objetivo que hoje sabemos: O petróleo deles, mas aí o Bush saiu e entrou o Obama e tudo parece que foi esquecido porquausa do ataque ao Afeganistão contra Osama Bin Laden. O rico documentário tem a missão de não nos fazermos esquecer da invasão do Iraque, mesmo com tudo que acontece hoje no mundo, inclusive com os terríveis ataques terroristas. Quando escrevo que o documentário é no mínimo excelente é porque estou sendo pouco generoso com ele ( foi o melhor que vi já ). A ideia dele é bem Glauberiana. Ou seja: Uma câmera na mão e muitas ideias na cabeça. O câmera-man era um iraquiano legitimo e honesto, com família composta de filhos e mulher, além de parentes como tios, tias, sobrinhos, vô; assim como a sua família aqui no Brasil ou em qualquer parte do mundo, inclusive nos EUA ). O chefe de família pega a câmera e mostra sua família e a cidade de Bagdá de uma forma geral com seus mercados, habitantes e costumes ANTES e DEPOIS da guerra ou da invasão dos EUA. Quando mencionei que fora o melhor documentário que já vi é porque ele consegue , através do seu diretor ( que é um iraquiano comum ) mostrar o Iraque sem mascaras que alguma obra fílmica poderia fazer, caso pretendesse tentar. Tudo é muito verdadeiro; o sujeito vai ao mercado e mostra seus amigos vendendo suas coisas, vai à rua e mostra as pessoas fazendo o que elas fazem mesmo se não tivesse uma câmera ali, e porque isso acontece? Porque o cara era um sujeito igual a eles e tinha uma câmera como hobby, então as pessoas não ficavam naquela de quererem ser outras só para aparecerem mais bonitas nas lentes. Além desta sinceridade das imagens tínhamos, obviamente, o retrato do antes e pós ataques. Os 334 minutos passam despercebidos pela visceralidade do filme, parece até que somos um entre eles, ao meio daquilo tudo. Primeiro víamos a ansiedade de um suposto e provável ataque nas ações e faces das pessoas, e na segunda parte víamos in loco as consequências dos ataques com uma Bagdá cheia de mortos, feridos (por feridas e por orgulhos próprios), e uma cidade totalmente destruídas pelas bombas. Todavia o filme vai mais além que mostrar essas duas realidades distintas entre o “antes” e o “depois” da guerra. O filme não mostra, mas sim escancara a covardia de quem tem mais em relação há quem não tem nada, ou até, não tem nada a ver com aquilo tudo, mas paga só por estar naquela local. Como mencionado: Uma obra importantíssima para a compreensão das atitudes e consequências que o mundo atual sofre. Trocando em miúdos: Consequências estas oriundas e criadas por quem dá as cartas no final das contas.

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Livros do Joca

Pirataria X Streaming

Cangaço Novo