Conspiração e Poder

Conspiração e Poder, dirigido e co-roteirizado por James Vanderbilt, Austrália, EUA, 2016. Baseado em fatos reais o filme narra a trama de supostos favorecimentos ao então presidente George W. Bush na semana anterior as eleições que o reelegeria como presidente dos EUA. Tais favorecimentos abordavam que na década de 1970, George W. Bush não teria servido as forças áreas norte-americanas como todos imaginavam. Alguém teria “mexido os pauzinhos” para Bush ficar de “boréstia” na guerra do Vietnã. Ou seja: Forjou documentos para não ir combater no Vietnã, mesmo que sua história pública diga o contrário. Ou seja, novamente: Que ele teria ido a guerra e não teria ninguém que o ajudasse a mexer “os pauzinhos” para ele não ir. Em sua plena suposta e desejada reeleição tal notícia, oriunda da internet, poderia desencadear uma esmagadora derrota e adeus reeleição do Bush Filho. O filme tem o mérito em narrar a primeira estória real em que a internet teve, ou quase teve, uma repercussão ao ponto de colocar em risco a vitória de um presidente, e não só um qualquer, mas o presidente do país mais rico do mundo. Os tais “pauzinhos” foram remexidos e embora todo o trabalho da produtora da CBS Mary Papes (Cate Blanchett) juntamente com o âncora Dan Rather (Robert Redford), que perderam seus empregos, inclusive, foram ao ralo por não conseguirem o apoio da sua emissora, a CBS, em afirmar que os documentos que incriminavam o presidente eram verídicos. O filme é visceral do ponto de vista jornalístico e interessante de outros pontos de vista por exatamente não cravar se o Bush teria ou não falseado documentos ou pessoas para conseguir se reeleger. Por ser uma estória verídica, e até recente, a obra fílmica sugere que pensamos sobre o que se sucedeu e a partir daí então, tiremos nossas próprias conclusões. Fato é que após a negação da CBS sobre a investigação da produtora Mary Papes, esta nunca mais quis saber de televisão, e não por falta de convites, mas talvez por um trauma pela falta de ética e coragem por parte dos mandatários das emissoras. Enfim um filme que é mais para ser analisado do que propriamente cravado alguma verdade absoluta, mostrando o quanto é importante e salutar para qualquer país ou sociedade que se preze, um jornalismo livre e sem amarras.

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