Hipócrates
Hipócrates, de Thomas Lilti, França, 2015. O título do longa é uma singela homenagem ao criador da medicina, todavia a produção de singeleza não tem nenhuma. O que acompanhamos é o dia-a-dia dessa profissão que segundo os próprios personagens médicos do filme, intitula-se como não uma profissão m as sim uma maldição. Trocando em miúdos, não é você que escolhe à medicina, mas ela que o escolhe. Entretanto voltando ao filme temos como protagonista um medicuzinho recém-formado que trabalha, ou melhor, estagia no hospital do pai, que é médico também. Por ser jovem e só ter experiência teórica acaba sendo ajudado por um médico tunisiano, que por questões de preconceito de raça e religião, não consegue a licença para trabalhar na França, mesmo este sendo um bom médico e experiente. O filme é todo rodado dentro do hospital praticamente, fato este que deve ter economizado bem a sua produção. Todavia o resultado que o diretor quis mostrar, que era exatamente escancarar a vida desses soldados da vida alheia, foi feito e com êxito até. Vemos as pendengas de ego desses profissionais e a entrega deles no oficio. Conseguimos de uma vez por todas captar ou somente entender o ditado que “de médico e louco todo mundo tem um pouco”, pois de fato para encarar tal profissão a pessoa tem que ter um parafuso a menos ou talvez alguns a mais. No mais o filme em algumas cenas se torna monótono justamente por não sair do tema dos médicos; seria bem mais aprazível se o filme focasse a interação entre médicos e pacientes, por exemplo. Fato que no filme os pacientes eram tratados piores que lixo. Não sei se o diretor quis colocar os “Jalecos Brancos” num pedestal de semideuses, mas que a relação de paciente-doutor no filme ficou estranha, isso não restou dúvidas. Todavia o filme vale ser conferido para termos um conhecimento maior desses profissionais que tanto são úteis para todos, querendo nós ou não.
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