Parceiras eternas

Parceiras eternas, da diretora estreante Suzanna Fogel, EUA, 2015. Quando somos acometidos a adentrar em uma sala escura de cinema, em regra geral, levamos conosco um principio de expectativa para que a obra mostre um viés social ou mesmo nos instigue a sair da sessão um pouco mais leve. Para alguns, filmes, e me incluo neste grupo, são uma espécie de sessão de auto-análise. Entretanto determinadas obras fílmicas não necessariamente carregam consigo tal tarefa de alardear ou nos remeter a esta referida auto-análise, e isto incluo às comédias também, pois nelas você não só consegue se aliviar das tensões da rotina, mas também se "ver" em determinados momentos do filme. Mas o nosso filme de hoje não levanta nenhuma dessas bandeiras, é puro entretenimento, e não estou me referindo a uma comédia, mas sim um drama. O filme começa com uma suposta briga de trânsito entre duas mulheres. Aos figurantes, que fazem a cena tudo parece ser real e assustador, correm daquela briga, que, quem sabe poderia ter até bala perdida. Assim constrói-se a relação das personagens principais: Uma hétero, Paige (Gillian Jacobs), e a outra uma homossexual, Sasha (Leighton Meester) , que juram que suas amizades de infância não se destruirá sob nenhuma hipótese com o tempo e nem no que diz sentido ou refere-se na relação aos seus companheiros ou ficantes. Agora falar que não quer que sua amizade se abale devido aos contratempos do destino é uma coisa, e concretizar esse desejo é outra coisa absolutamente diferente. As duas amigas inseparáveis vão pegando destinos opostos de vidas. Enquanto a hétero se casa e fica grávida, a homo, por sua vez, continua a viver a vida de festas e namoradas diversas. Preocupada com o destino da sua amiga, a grávida tenta arrumar uma parceira para sua amiga, esta por sua vez fica “p” da vida pela amiga armar um churrasco só para juntar uma colega de trabalho com ela. Por essas e outras a relação das duas se abala e a amizade “eterna” é coloca sob prova de fogo. O filme realmente não pretende muita coisa, a não ser mostrar que uma amizade pode ser abalada pelas interpeles do destino, e este de fato não pode ser mudado. Vale a ida ao cinema pela experiência que ele propõe, ou seja, entrar numa sala escura e refrigerada e começar a mitigar seus anseios e frustrações e sair conseqüentemente com um sorriso no rosto.

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