Haram

Haram, de Max Gaggino, Brasil, 2015. Premiado em Gramado pelo júri principal e em Salvador com uma menção honrosa, o curta baiano mostra a estória atípica, porém atual, de um casal palestino que se muda para Salvador fugindo da guerra em seu país. De inicio temos uma câmera móvel captando a estranheza das pessoas, sem montagem alguma, vendo aquele casal estranho em pleno relógio de São Pedro. A mulher com uma burca preta, originária da sua religião muçulmana, indumentária esta que chama ainda mais atenção sobre o casal surreal em pleno centro de uma Salvador quente e cheia. Em uma outra tomada temos um diálogo entre janelas da mulher muçulmana com uma garota que enxergam suas diferenças de uma forma cômica e sem preconceitos, forma esta que acontece pelo olhar de uma criança do outro lado do apartamento, um olhar ingênuo, mas não bobo. Poderia ser mais um dia em um país estranho na vida da mulher muçulmana, mas devido a sua vizinha infante a sua tarde fica mais confortável, e ela por sua vez fica mais leve com a cidade que está vivendo. O filme curta pode ser encarado como uma atitude que temos que ter perante as guerras mundiais e seu fluxo de emigrantes, ou seja, tratá-los de uma forma mais igualitária.

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