A Real Beleza

A Real Beleza, com roteiro e direção assinados pelo gaúcho inverosímel Jorge Furtado, Brasil, 2015. O título do filme “A Real Beleza” já é em si um título nu, cru, e o filme como um todo é também assim: Nu e cru; sem rodeios como é a beleza, ou seja, o se tem ou não se tem “beleza” ou se é belo ou não é, mas ambos( o filme e a ideia que temos de beleza) são amplamente simples, embora às vezes a “beleza” não pareça tão simples assim, mas o filme é; simples e caceteiro. Mas vamos por partes, ou melhor, por cenas. Temos como protagonista um fotógrafo, interpretado pelo baiano Vladimir Brichta, frustrado que enxerga e apostas todas suas chances e fichas profissionais em encontrar uma nova Gisele Bundchen,inclusive na mesma região de serra da modelo no interior do Rio Grande do Sul, bem próximo à Argentina. Por sorte o fotógrafo acha uma menina de dezesseis anos com uma beleza única e tem certeza que ela é à modelo certa para ajudá-lo a sair daquela sua “pindaíba financeira” e dar uma chance para a menina também, ora, pois. Quando mencionei que a estória do filme era igual à beleza: nua, crua e transparente, é porque o roteiro da produção gaúcha é super seco em abordar esta questão de oportunidades para os dois lados, sem firulas, papo reto. Mas voltando ao filme, o fotógrafo acha sua potencial top model internacional e agora tem que mudar a cabecinha da moça e ainda por cima convencer o pai que seria bom para a moça aceitar seu convite e se mandar para bem longe do Rio Grande. Podemos dizer também que a beleza é relativa. Por vezes uma pessoa fisicamente bela, com traços de rostos perfeitos, não tenha aquela beleza que chamaria atenção ao mundo da moda, por exemplo. A menina escolhida no filme em questão não era nenhum mulherão e tampouco estupenda de linda, mas tinha o que o fotógrafo procurava: Além de um rosto bonito, mas principalmente uma alma bonita. No meio da estória temos um romance do fotógrafo com a mãe da futura modelo. Casal este formado por um casal real ( Wladimir Brichta e Adriana Esteves ). Óbvio que a química entre as cenas mais quentes, e com direito a um nu frontal da Adriana Esteves, foi excepcional entre os dois, bonito de se ver. Enfim, como roteiro não teríamos muito o que escrever além do que já foi, pois trata-se mesmo de uma procura de um profissional em busca da modelo perfeita. Claro que no meio desta procura acontecem coisas como o romance citado, por exemplo. O filme acaba sendo interessante porque o seu principal mérito, e aí vão os créditos ao seu diretor e roterista, que é tentar seguir a essência da beleza, ou seja, ser simples, porém antes de tudo: digna. Não a toa dizem que a beleza mora na simplicidade do interior das pessoas e coisas; vai ver que é verdade mesmo.

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