45 anos

45 anos, de Andrew Haigh, Reino Unido,2015. Com uma fotografia mais que espetacular de outono-inverno dos Alpes suíços, o filme aborda de forma categórica e magistral, que enquanto estamos vivos temos problemas existenciais. Fato este que pode ser entendido como uma forma de tributação para a existência humana. A trama começa quando um casal maduro ou da boa idade, recebe uma carta para reconhecer um corpo, que supostamente o marido do casal reconheceria. Tratava-se de uma ex-namorada do senhor que conhecera ainda muito jovem fugindo da segunda guerra mundial com sua família. Relacionamento este escondido, ou melhor, não falado para sua atual esposa senhora. E isto à beira da festa de 45 anos de casamento. Tal carta coloca em cheque uma relação tão longa, porém como mencionei no início da crítica, enquanto a vida à confusão e discórdia. O dia a dia vai colocando em cheque à relação e as "cartas" vão sendo colocadas à mesa até o dia da festa dos 45 anos de casamento. Aliás cartas não, mas fotos que a senhora acha no sótão do antigo affair do marido; uma italiana belíssima. Como uma necessidade quase que vital o marido mostra que seu passado ainda persiste vivíssimo em sua mente, e como fora desonesto com sua esposa durante 45 anos, estava na hora de falar a verdade, pois antes tarde que nunca. O filme é tocante pelas belas atuações dos protagonistas, inclusive que receberam prêmios por estas, e também tocável ou louvável por nos deixar perceber que não existe idade para remendar problemas ou pendengas do passado. Além disso a forma que os atores constroem esse vulgo problema de uma verdade não dita, é que dá toda a diferença na obra fílmica.Um baita filmaço de gente que sabe fazer cinema, e isto englobando todas as áreas técnicas , então o resultado não poderia ser menos que excepcional, imperdível esta fita.

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