O Enigma Chinês

O Enigma Chinês, de Cédric Klapisch com Romain Duris, 2014, França. Após dez anos os personagens do ótimo filme Albergue espanhol voltam às telas. Dessa vez, obviamente todos estão na casa dos quarenta, já com filhos e alguns bem resolvidos, outros nem tanto. Na segunda leva, ou seja, os que não estão ainda resolvidos encontra-se o protagonista tanto do Albergue Espanhol como desta continuação de O Enigma Chinês; Trata-se do escritor parisiense Xavier que agora tem dois filhos e mulher. Apesar das suas duas lindas crias o casamento passa por uma crise por não ter mais aquela chama de antigamente. A consequência disso é um par de chifres imposto pela sua esposa inglesa quando vai a um congresso de roteiro em Nova Iorque. O escritor faz pouco caso já que a gota d`’agua fora ele que tinha dado a seu casamento dando uma “mãozinha” para sua melhor amiga engravidar, casada com outra mulher. Confusões à parte a história gira o globo e saí da Europa a vai para os EUA, mas precisamente Nova Yorque onde agora iriam morar a ex-esposa do protagonista com seus dois filhos e sua melhor amiga. Por tais circunstâncias o escritor resolve se mudar também pra lá para não ficar longe dos filhos. De inicio e sem nada em vista o cara estranha tudo: Modo e estilo de vida, cultura, etc. Todavia o escritor , depois de um tempo na cidade, resolve dançar conforme à música e até office boy de bike nas ruas do brooklin ele encara ser para conseguir se sustentar, pois de escrita ninguém vive ou quase ninguém tirando um Paulo Coelho da vida. Neste vai e vem de New York City o protagonista consegue arrumar um casamento falso para conseguir o Green Card. O filme é falado em duas línguas: francês e inglês, sendo que a primeira é mais praticada. A engenharia da obra fílmica é fascinante, pois permite a quem assiste se colocar nos dilemas dos personagens em cenas como por exemplo o escritor chama Hegel e Choppenhag para divagar seus dilemas existenciais. O filme é uma continuação de um outro, mas isso não impede uma total compreensão da história por ela mesma. Porém voltando ao filme este queria mostrar que a literatura pode imitar a vida, com as situações de seus personagens servindo de inspiração para as linhas do livro do protagonista, este que somente fica pronto quando o personagem resolve sua vida, e segundo ele quando a vida está sem problemas não existem dramas a serem escritos, e por isso sua inspiração acaba junto com seus dramas, bom filme.

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