Minha querida dama

Minha querida dama, de Israël Horovitz, com Kevin Kline, Maggie Smith, Kristin Scott Thomas, EUA/França, 2015. Imagina você achar que tinha herdado um imóvel e quando chega ao recinto tem pessoas vivendo nele. E Não se tratava de nenhuma família sem teto, mas pessoas que estavam lá por direito. Na França existe um contrato de locação que podemos classifica-lo como no mínimo surreal. Qualquer um pode comprar um imóvel no regime de esperar que seus moradores morram para conseguir ter o direito de ter o imóvel. Dei uma olhadela no Google e de fato este específico tipo de locação é real e não pura ficção como imaginava quando assistia ao filme. Na obra fílmica um homem na faixa dos seus quase sessenta recebe como única herança do seu pai um apartamento em Paris, especificamente no bairro ainda residencial do Marré. Todavia o homem recebe junto com o imóvel suas duas ilustres moradoras: Uma mãe de noventa e dois anos e sua filha, que estava na casa dos sessenta. Como não sabia do atípico acordo locatício estranhou a presença das duas e ainda estranhou mais quando soube que além de , por direito, ter de deixar as duas morando lá, teria que pagar dois mil e seiscentos euros como aluguel segundo a clausula contratual. O apartamento só poderia ser seu quando a senhora de noventa e dois anos batesse as botas. O homem viajou a França crente que ficaria bem vendendo o imóvel e agora se encontrava devedor de uma divida feita por seu pai, e sem o mínimo de condições para pagar. A especulação imobiliária tenta comprar o apartamento para colocá-lo abaixo e fazer um estacionamento no local; O homem de imediato gosta do interesse, mas por direito não pode fazer isto. Tenta um acordo com as damas, oferecendo-as um andar para cada, porém a resposta é negativa. Os três, então, são obrigados a dividir o apartamento até que aquela situação seja resolvida. Com a convivência, bastante vinho e verdades sendo colocados à mesa os três percebem que são mais próximos que imaginavam. O filme é lindo por, principalmente pela atuação dos seus personagens, mas o roteiro da trama ajuda também. A obra fílmica fala dos sentimentos humanos de uma forma bastante digna e talvez por isso possamos classificar como um tipo de filme existencial ou denso. Enfim vale a conferida pela baita atuação dos seus três personagens centrais.

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