Aliyah

Aliyah, na primeira direção de Elie Wajeman, França, 2011. O termo Aliyah significa voltar as origens os judeus que estão fora de Israel , mas não somente isto; Aliyah também tem a ver com uma elevação moral e espiritual, trocando em miúdos o termo judaico Aliyah não deixa de estabelecer uma relação de quem consegue obter o visto para morar em Israel como um tipo de medalha para quem quer ser espiritualmente elevado ou até serviria como um “pedágio” para Jesus enxergar de uma forma melhor a quem toma ou decide tomar esse rumo. No filme temos Alex, um homem de vinte e sete anos que sobrevive em Paris traficando maconha. Ele tem um bom carro, casa, uma boa vida, mas falta a tal espiritualidade superior, tendo, portanto poucos amigos, nenhuma namorada e um irmão mais velho que é um mala. Alex tinha de sustentar ele e o irmão, que só se metia em confusão e não era esperto como o caçula, este sempre que tendo entrar com muitos euros para safar a pele do sujeito sem talento. A dependência emocional para com o irmão mais velho é estabelecida por ambos terem se criados sozinhos praticamente, e o irmão mais velho ter sido um pai para ele, embora o verdadeiro ainda estivesse vivo, porém pouco ligava para aqueles dois marmanjos que não queriam nada com nada em suas vidas, diferente da mãe que morrera ainda quando eram crianças e ambos tinham um vinculo afetivo bem mais intenso do que o pai, indo visitar o cemitério da falecida e tudo o mais. Pois bem, com a nítida, embaraçossa e complexa relação com seu irmão, Alex que também por ser uma pessoa complicada, resolve aceitar o convite de um primo para abrir uma lanchonete em Tel Aviv, capital de Israel, se desfazendo assim de uma vez só a sua saída do tráfico e a ainda de quebra conseguiria se desvincular do forte elo que tinha com seu irmão mala. Entretanto para realizar tamanho sonho Alex teria que levantar uma boa quantia de dinheiro para dar como entrada à lanchonete, e isto só vendendo erva ele não tinha. Nosso protagonista decide então levantar tal grana traficando cocaína; Seria a última ida ao tráfico em custa da sua liberdade. As vendas iam bem até o irmão mala aprontar novamente e estragar tudo. Em meio à confusão familiar surge na vida de Alex uma bela estudante que conhecera em uma festa judaica através da sua ex-namorada. De fato existia uma química boa entre ambos, mas o protagonista ainda que apaixonado, não pensava em outra coisa senão em mudar-se para Israel e assim pagar suas dividas existenciais com o senhor Jesus dos judeus. No último encontro do casal a bela loira dá sua última cartada para ter o cara com ela em Paris. Cartada esta que faz da mais bela cena da obra fílmica onde a moça desenha símbolos num guardanapo de restaurante onde cada símbolo representava a história do que os dois tinham vivido, e obviamente o último pedido de “fica” para Alex. Pela Aliyah, ou seja, em prol de um conhecimento maior o namoro dos dois não engata e Alex vai procurar seu autoconhecimento sozinho e ainda não achando que merecera aquela enormidade de mulher. O filme cativa porque apesar de chegar aqui somente este ano e ser uma produção feita em 2011, mostra que o cinema francês consegue se reinventar e ainda ser o protagonista na sétima arte em solo europeu. Sem dúvidas é a melhor pedida para um cine neste final de semana, pois o filme é bem feito e ainda por cima te faz pensar.

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