A festa e os cães

A festa e os cães, de Leonardo Mouramateus, Ceará/Brasil, 2015. Diretamente do festival de documentários de Cachoeira, este crítico aposta neste curta metragem para ser o vencedor do Cachoeiradoc em sua VI edição na histórica cidade do recôncavo baiano. Entretanto vamos a uma breve análise da obra fílmica. Inicialmente é importante frisar que é um tanto difícil e também perigoso misturar poesia com cinema, pois trata-se de uma tarefa dificílima em ser realizada devido as suas diferentes linguagens. Todavia certos diretores conseguem dosar bem as duas coisas, entretanto é importante salientar que tal tarefa serve para pouquíssimos, somente aos que tem o dom de separar a poesia de uma obra fílmica e a poesia em papel, pois são coisas totalmente diferentes. O curta em questão foi até agora o principal ganhador de prêmios nos festivais nacionais, e não somente por seu diretor mesclar cinema com poesia, mas também por inserir fotografia na obra fílmica e transformá-la em algo totalmente inusitado e de bom gosto. Quando refiro-me a fotografia não quis dizer de nenhum diretor de fotografia , mas em fotos reais da vida do diretor como pano de frente. Como panos de fundo tinham diálogos do diretor com amigos contando cada estória daquela foto, trocando os miúdos, tínhamos uma estória de despedida sendo contada de uma forma genial, e talvez por seu grau de ineditismo tenha neste ano ganhado os principais prêmios do cinema brasileiro.

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