Samba

Samba, dirigido por Eric Toledano, França, 2015. Embora o título pareça que o filme tenha alguma relação com o ritmo brasileiro, este não tem; Samba refere-se apenas ao sobrenome do protagonista: Um senegalês que vive por dez anos em território francês sem o visto de cidadão daquele país. O tema do filme é mais uma vez a emigração na Europa, tema este que está sempre presente, basta assistirmos a qualquer telejornal para termos uma ideia acerca disso com inúmeros refugiados africanos sendo pegos pela guarda costeira italiana, estes fugindo da fome ou de guerra civis. Entretanto voltando ao “Samba francês” como mencionávamos, este vivia ilegalmente no país trabalhando em restaurantes ou bistrôs, como preferirem chama-los. Fato é que de tanto o cara trampar neste ramo ele acaba por se tornar um bom Chef de cozinha, mas só que ilegal, ou seja, um prato cheio para contratarem por seus empregadores não terem a obrigação de assinarem a sua carteira de trabalho, e por isso estarem livres dos altos impostos do governo gaulês ( quem disse que só existe o jeitinho brasileiro? Está aí o jeitinho francês também ). O desenrolar do filme se passa em uma leve e cômica história através do seu protagonista abordando de certo modo um tema delicado e pesado para o continente europeu que é questão da emigração. Para não dizer que o filme não tem nada de brasilidade o seu diretor nos presenteia com canções de Gil e Jorge Ben, e ainda temos um personagem que se passa por brasileiro para ser bem visto e quisto pelos franceses, pois segundo tal personagem , interpretado por Olivier Nakache, que era um argelino que se fazia de brasileiro, principalmente às francesas eram taradas por um sul-americano. Dúvidas à parte ( pois já estive e não aconteceu nada disso ) o protagonista, interpretado pelo queridinho do cinema francês atual Omar Sy, conhece uma funcionária do serviço de emigração quando o pegam, interpretada por Charlotte Gainsbourg, e de primeira rola uma química entre ambos: Ele; ávido por uma chance de ter um visto permanente para continuar sustendo sua família no Senegal, e ela por sua vez uma empregada solitária e estressada com um passado negro de surtar em trabalhos anteriores com crises de ira. O relacionamento dos dois consome praticamente o filme do início ao fim, sendo que algumas “cositas” e traições se sucedem no decorrer deste. Samba, portanto, fica na lista dos inúmeros filmes dedicados ao tema da emigração na Europa, mas ainda assim permite bons momentos de risadas com situações em seu enredo, e por isso vale assisti-lo.

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