Poesia 7

Vejo-me tão deveras pequeno quando escuto música erudita que até fico tímido na hora da escrita; Ora, se timidez também não é um sinônimo de inferioridade; Então pergunto-me no instante do tom mais agudo da música: Porque tanta “caricaturação” de coitadinho? Serás uma lembrança ou traço sanguíneo genético português? Ou seria uma simples estratégia que faça-me crer que sou um injustiçado e o mundo é que está errado; Escrever tudo isto não me constrange, muito pelo contrário; Faz-me espantar meus silêncios barulhentos que me habitam interiormente; E talvez porquausa deles, não me façam dormir bem; Posso, e devo ser o tipo da pessoa insistente que; Mesmo sabendo pouco de poesia, ainda insistir a adentrar em seu mundo; Onde especulações e palavras diferentes são apenas horizontes primários para tudo que a poesia pode alcançar, e sem direito à “maneiracões” na escrita poética; Inclusive a loucura por a linguagem poética ser o ápice do rumor da língua, ou o máximo que a linguagem pode transformar os sentimentos em palavras; Por isso não devemos brincar e ter “panelinhas” na escrita poética, senão corremos o risco de diminuí-la, evitemos então as tais maneirações. Enfim, estou nessa fila das pessoas que querem desafiar a poesia; Ou somente beber dos seus aprendizados explícitos, ou na maior das partes implícitos por metáforas, melopeias, etc. Como um iniciante poeta sei que o caminho será longo; Mas para aprendizados que servem para a vida toda, que é o entender e o sentir poético; Posso esperar sem angústia o tempo que for necessário, afinal a paciência também não é uma qualidade poética?

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