Birdman

Birdman, dirigido e co-roteirizado pelo mexicano Alejandro González Iñárritu , EUA, 2015; O filme lembra muito outro vencedor de Oscar alguns anos atrás: Cisne negro. Com certeza foi o mais norte-americano que vi este ano dos concorrentes ao Oscar (ainda não vi o Selma, ao qual me parece o mais interessante). A obra tem diálogos rápidos e nos mostra um ator em plena decaída, após não querer fazer o Birdman 3, uma espécie de Homem-Aranha misturado com o Batman. O ator quer fugir do estereótipo personagem de blockbooster e ser reconhecido por seu talento, e para isso recorre ao teatro. Entretanto sua cabeça já anda virada devido ao sucesso e cobranças para que ele continue a fazer filmes xulos, mas que vendem um bocado e a humanidade, principalmente a norte-americana, aguardam a continuação da franquia para se entupir de pipoca na sessão e esquecerem suas vidinhas monótonas e verem no personagem Birdman uma fuga para se transformarem em super-heróis e assim salvarem por duas horas suas mentes do mal da inferioridade humana. Em falar em lucidez o personagem central da comédia dramática tem altos D.R. ( leia-se: discussão de relacionamento) com si próprio; Uma espécie de Birdman tenta refazer a cabeça do ator a voltar a querer interpretar o personagem blockbooster, ou seja, um caso típico de esquizofrenia, assim como tínhamos no filme Cisne negro com sua protagonista. É perceptível que a academia do Oscar tem certa tendência a gostar de filmes com o gênero do protagonista ser inquieto psicologicamente, e não só dar o premio de melhor ator ou atriz, assim como premiar como melhor filme também. Por estas e outras conclusões acho que o filme é candidatíssimo a ser o vencedor; Parece até que foi feito só para ganhar a tal premiação.

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