Léo

Um dia ele estava ali, assim como todos os dias estava; Abanando o rabo com olhos remelentos pedindo carinho e atenção. Só comia quando deitava na rede pra fumar; Parecia um imperador tirânico do tipo: “Só vou comer se deitar na rede, se não for assim não rola de jeito nenhum!”. Vendo aquela cena ou pedido daquele cão demasiadamente humano, me entregava ao seu pedido e pegava um cigarro e ia para rede vê-lo comer sua ração. Certo dia, hoje especificamente, o cão demasiadamente humano já não estava mais ali naquela varanda com rede quando acordara. Já previra o que tivera acontecido: Foi ao veterinário e por lá ficou hoje e para sempre, infelizmente. O cão demasiadamente humano já não está mais nesse plano. Acho que ficha ainda não caiu que perdi o melhor cachorro que já tive. Prevejo que ela irá cair aos poucos, como foi o seu tumor maligno na pata esquerda dianteira. Perco hoje meu melhor amigo, entretanto cresço humanamente nesta perda, pois não dizem que o sofrimento e a dor são os melhores aprendizados? Sim, de fato são, apesar de estar ainda na fase inicial no consentimento desta perda invalorável de um filho de quatro patas. Mais “nádegas a declarar”.

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