Le passé

O Passado, de Asghar Farhadi, França, 2014. A obra fílmica é mais uma bela pérola do diretor iraniano que ganhou o Oscar com o longa A separação, de melhor filme estrangeiro, e com mérito. Em o Passado ( Le passé ) pela primeira vez o diretor decide filmar fora do Irã para ter mais liberdade e escolhe a França para rodar seu filme. Posto isso, a história do drama se passa na capital Paris e o enredo é quando o ator Ali Mosaffa, que interpreta o ex-marido iraniano da atriz Berenice Bejo ( esta que ganhou o prêmio de melhor atriz pela estupenda atuação ), chega a França para assinar o divórcio com a ex-mulher que , por sinal, já se encontrava casada e grávida de outro, o ator sensação do momento da França: Tahar Rahim, que faz o papel de um dono de uma lavanderia. Berenice morava com sua filha de dezesseis anos, fruto de outro casamento, um filho com o iraniano e mais outro filho, que não era dela, do seu atual marido. A carga dramática do enredo se desenrola no passado, talvez por isso o título do filme. O atual marido da moça nervosa que mudava de marido assim como mudava de roupa, antes era casado e sua esposa se encontrava em estado vegetativo, respirando por aparelhos após cometer suicídio bebendo detergente. Com o desenrolar do filme de duas horas de duração, vamos percebendo a genialidade do diretor em nos contar esta história de causas e conseqüências, em que não existem pessoas boas, tampouco más. Apenas existem pessoas imperfeitas que no decorrer de suas vidas acontecimentos surgem, sejam estes por destino, há quem acredite nisso, ou por descuidos. No mais, Le Passé tem todos os elementos fílmicos embutidos para classificarmos como um filme cinco estrelas, principalmente aos que já são fãs do iraniano contemporâneo.

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