Foto antiga - em prosa

Quando mexo numa foto minha com uns seis anos de idade automaticamente penso e reflito com meus botões: Pôxa, como mudei tanto quando me tornei adulto. Aqueles traços de criança de cabelos loiros que chegavam a serem brancos de fato não existem mais. Hoje os lisos louros esbranquiçados capilares infantis deram lugar a um adulto de poucos, muito poucos cabelos na cabeça; E os que se encontram lá, já nem de longe não são parecidos com os cabelos loiros-palhas de infância, mas sim de poucos capilares pretos ou castanhos escuros circundados com uma parte que falta tais mexas, exatamente no centro do “cocuruto”. Nossa como mudei! E não só nos meus cabelos, mas até em meus traços faciais e isto se deve ao fato principalmente pelas experiências e/ou pedras que tive que percorrer nessa jornada de amadurecimento até chegarmos a fase adulta, ou há quem a chame de fase mais responsável também. Tento, agora já com a tal responsabilidade obrigatória de um adulto me permitir ao menos um pouco que seja de não perder o meu lado criança, inocente de que a poesia pode ganhar da tirania, entre tantas coisas anacrônicas como essa comparação antagônica que acabei de fazer. Sei que todos nós podemos mudar a nossa imagem física, mas não a nossa essência humana, pois desta última nascemos destinados a ficá-la para sempre por fazer parte da nossa personalidade; E como diria o poeta símbolo português Camões: “ Navegar é preciso, viver não”, ou seja, mudar é necessário para crescermos em todos os sentidos a fim de não permanecermos sempre os mesmos, pois como já diria outro sábio e louco: O Raul Seixas: “ Prefiro ser aquela metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo”; Viver é preciso meus caros e nada mais que isso é mais importante, podem crêr !

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