Autobibliografia

Tudo começou na aula de português. Eu tinha uns cinco anos ou talvez uns seis. Neste período de me alfabetizar veio a primeira e única repetição do meu currículo. Repeti porque não gostava da professora e, até hoje, tenho certeza de que ela não gostava de mim também, daquele garotinho loiro que fugia dos estereótipos dos meninos baianos. Sou filho de professora de teatro, e por isso não pagava mensalidade escolar e brigava com minha mãe para me deixar ficar dormindo no carro até na hora do recreio ( umas dez horas da manhã... ); Dessa forma ela não podia se atrasar eu sempre ganhava a quebra de braço berrando que preferiria ficar dormindo no fusca velho ao invés de encarar aquela professora ranzinza que implicava comigo; Resultado disso? Tomei bomba na alfabetização: uma série importantíssima, senão a mais importante que temos na grade escolar. No ano seguinte, no mesmo colégio 2 de Julho, porém com uma professora bem mais paciente, consegui, enfim, me alfabetizar, para a minha alegria. Com o aprender dos símbolos das letras o mundo agora se tornara bem mais divertido em amplo para minha cabecinha de uma criança de sete anos. Todavia na infância era mais do garoto desportista, mas gostava de fazer redações desde sempre, era a minha matéria preferida, desde que esta fosse de tema livre para poder viajar. Quando acabei o ensino médio acabei ficando sem estudar durante três ou quatro anos devido a uma depressão. Quando voltei a fazer um cursinho pré-vestibular optei por tentar entrar para fazer administração de empresas, e passei de primeira, ou melhor, de segunda lista na UCSAL. Na faculdade a após ter superado a depressão comecei a tomar gosto pela leitura (embora quando criança era um voraz devorador de gibis). Enquanto meus colegas de curso só queriam saber de vaquejadas e ler livros de administração, eu ia por ou para outro caminho. Comecei com filosofia lendo O Mundo de Sofia do escritor norueguês Jostein Garden. Gostei tanto da forma informal que ele abordava a filosofia que acabei lendo seus treze livros traduzidos para o português sobre o tema; E cada um era uma viagem diferente. Enfim, acho que foi essa a minha introdução séria a leitura: Através da filosofia de Jostein Garden. Após isso ler para mim se tornou praticamente uma cachaça: Deixei o curso de administração de lado (mas ainda assim me formei ) e sempre tinha um livro na mão. Não posso esquecer-me de um livro importantíssimo para minha formação (já que parte do lado da minha família materna é oriunda do sertão); O escritor era o genioso Graciliano Ramos (o maior escritor nacional na minha modesta opinião), e a sua obra em questão é o Vidas Secas, da inesquecível cachorra Baleia. Pois bem, dito isto, outro autor que me cativou e comecei a lê-lo sem parar, fora Mario Vargas Lossa. Como esquecer então do sensacional livro cem anos de solidão e outros tantos títulos do genial Gabo ,me tornei um voraz leitor seu. É bem possível que esqueça um ou outro escritor que tivera forte influência em mim, pois foram algumas dezenas. Após o término da faculdade de administração me enveredei na sétima arte, me tornando crítico de cinema e ainda continuando como um voraz leitor, mas só que agora de outro formato: o fílmico ou imagético, ou seja, com os próprios olhos, atividade que ainda atuo profissionalmente. Mesmo como crítico de cinema não parei de ler, mas que agora lendo muito menos em comparação a antes; Vieram após então a sessão do escritor estadunidense Dan Brow com o seu chamado quarteto fantástico: Código da Vinci, Anjos e demônios , Fortaleza digital e Ponto de impacto, todos eles ficções de mais de quatrocentas páginas. Após vieram a Adriana Lisboa com seu Azul Corvo e seus outros títulos; Joseph O’ Neah ( Um homem que fora criado em vários títulos e nascido na África do Sul no período do Apartheid), com o best-seller terras baixas e seus outros livros interessantes. Sou do tipo que me apaixono pelo escritor e acabo sempre lendo mais que um livro seu, tento compreender a sua forma de escrever e fico seduzido com isso. Acho que ainda não tive o despertar necessário para poesia, li pouquíssimos livros acerca do gênero literário, mas ainda espero ser seduzido por ela também. Como escritor minha estória ainda é curta. Além de escrever três criticas de cinema em um portal de noticias semanalmente. Em 2007 quando me formei em administração me mudei para São Paulo e comecei a ater vontade de escrever contos que meio que se adaptaria para o cinema. Neste ano escrevi uns quinze contos que poderiam serem roteirizados, caso soubesse fazer isso. Atualmente além de escrever sobre cinema, escrevo também sobre assuntos cotidianos sociais como corrupção, esportes ou política. Sobre livro, acho que posso começar um através desses meus contos que escrevi em 2007.

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