Scarface

Scarface, dirigido por Brian de Palma, Com Al Pacino, EUA, 1983. Agora sei da onde vem todo aquele sangaréu que Tarantino imprime em suas obras. Ele bebera na fonte do Brian de Palma e aprimorou mais as mortes sangrentas, sabendo que estas chamariam muito público, o que de fato acontecera, ou seja, “Bingo” para Tarantino; “Descobriu” uma maneira de mostrar algo diferente para Hollywood, “maneira” ou estilo copiado que conquistou o público, mas não a maioria da critica especializada da “maneira” avassadora que imaginara que iria conquistar também . Porém não troquemos de diretor e paremos de comentar sobre seus “ ordinários discípulos”, que não reconhecem uma das suas fontes mais originais tanto em roteiro, por se basear sempre em histórias de vingança ou ascensão social; Mas como principalmente em direção fotográfica, onde existe ainda a máxima em vigor com o Tarantino, que é: “ Quanto mais sangue e violência melhor, e maior o público que vai pagar para assistir". Entretanto vamos deixar esses ingratos diretores milionários e oportunistas de fora por agora. Voltando ao filme do genial Brian de Palma, Scarface, esta obra mostra o outro lado da moeda nas relações entre Cuba e EUA. No inicio dos anos 1980, Fidel Castro mandara de Cuba para os EUA cerca de cento e vinte e cinco mil cubanos por fatores diversos apoiado no principio dos direitos humanos, lei essa que era novidade na época e por isso “bombava”, e o mundo meio que exigia que a tal nova lei fosse aplicada há quem precisasse. Para não ficar “mal na fita” com seus aliados, os EUA aceitam os cubanos em solo norte-americano. Na versão do Brian de palma, e portanto na versão norte-americana, desses citados cento e vinte e cinco mil cubanos que vieram de Cuba, cerca de vinte e cinco mil era formada da corja maldita de vermes que Cuba queria se livrar: os piores assassinos, ladrões e estupradores da ilha, gente da pior espécie e capaz de fazer coisas que qualquer ser humano duvidava. Dessa corja de maus elementos estava o Jony Montanna, interpretado genialmente por Al Pacino ainda bem novinho. Sua personagem era um barra-pesada que já tinha passagem pela prisão e com um sangue e vontade de crescer na vida que até um cavalo furioso ficaria a seus pés nesse quesito da força para vencer a tudo e a todos. Assim Jony Montanna consegue entrar em solo do tio Sam, com essa vontade de quem fora estuprado moralmente pela ditadura imposta por Fidel em seu país natal, a Ilha de Cuba. Jony não admitia que até para “cagar” teria que pedir permissão ao governo militar e ditador cubano. Sua natureza não aceitava tamanha humilhação, e por isso é mandado para os EUA. Colocando os pés no país das oportunidades, Jony, para se livrar de cortar cebolas e lavar pratos de uma lanchonete suja, decide voltar ao mundo do crime, mais especificamente ao mundo do trafego do pó, droga esta sensação dos anos 1980 e 1990 no mundo e nos EUA. Jony entra junto com seu parceiro fiel, que era outro cubano e amigo de infância, para um esquema grande de venda da droga após passar por um teste-fogo com traficantes colombianos em plena luz do dia em Miami Beach, na Flórida. Miami fora onde a história do filme se passara pela simples razão de ser a primeira cidade estadunidense mais próxima de Cuba e ter um frenético tráfico da cocaína em movimento naquela época distinta. Como mencionei: o apetite do Jony Montanna era de um cavalo, queria sempre está subindo, galgando, custe o risco que fosse, pois ele acreditara que tudo de pior já tivera visto e vivido na comunista ilha de Fidel Castro. De cara Jony se apaixona pela mulher do seu chefe Lopez, interpretada pela bela e ainda jovem Michelle Pfeiffer. No mesmo dia em que a conheceu, e por isso ainda empregado do perigoso e careca Lopez, Tony fala a ela: “ Um dia você ainda será minha”. De fato ninguém podia segurar ele, seus “culhões”. Era uma questão de tempo para Tony Montanna roubar tudo do patrão Lopez, ainda que isso quase custasse sua vida em uma emboscada de vingança quando os dois já não trabalhavam juntos. A mensagem desse puta filme é nítida e transparente: Não precisa nascer em berço de ouro para crescer na vida. Para tal é necessário somente uma coisa que quase ninguém tem: coragem. Mas coragem no amplo sentido da palavra: culhões em não ter medo da morte ou transpor a barreira do que é digno ou indigno. Uma cena em especial no filme, e a melhor do filme, ao menos para esse em que vos escreve, sintetiza esse sentimento de coragem do Jony Montanna. Ele se encontra complemente bêbado jantando com sua esposa em um restaurante de alto padrão com os ricaços quem consumiam sua cocaína. Inicia-se uma briga entre marido e mulher por Jony se encontrar em completo estado de embriagues e pela situação caótica de cocaínodroma da sua então agora esposa, a ex-esposa do seu antigo chefe Lopez. Uma discussão que o restaurante parara para assistir, sabendo de qual casal se tratava. Quando a briga acaba com sua esposa ameaçando-o que iria deixá-lo, ele cambaleando se levanta e pergunta a todos o que estavam olhando, se nunca tinham visto uma briga entre marido e esposa, e após um silêncio total no restaurante viera a sua auspiciosa pergunta, Tony então “vomita” tudo aquilo que pensa daquela gente que era seus melhores clientes. Ele berrara, bem ao estilo Al Pacino, que só aqueles “seres bonzinhos” existiam porque existia “seres maus”, como ele: o desumano Jonny Montanna , que ariscava sua vida para vender a melhor cocaína da Bolívia para aqueles "berços de ouro" almofadinhas. Após a cena fiquei me questionando: Será que existem seres bons e maus, e se sim, quem teve a audácia em julgá-los: A nossa lei? Oras me conte outra piada: Parei ! Scarface: um clássico do cinema mundial feito por um dos melhores diretores de cinema. É muito melhor do que qualquer filme do fuck Tarantino.

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