O Guarani

O Guarani, dirigido e produzido por Norma Bengell, Brasil,1996. O filme é uma livre adaptação da obra literária homônima de um dos maiores romancistas brasileiros de todos os tempos: José de Alencar. Autor este que se confunde com a própria história do Brasil colonial. Embalsamado pela linguagem poética do livro, a diretora do filme tenta, na medida do possível, “impregnar” o filme com a poesia alencariana; Poesia ou livro aliais que sustenta a tese de que o homem europeu colonizador consegue se “entender” com os índios, representados na obra literária e no filme pela valente tribo dos Aimorés. Como protagonistas temos o índio Peri, interpretado por Márcio Garcia, e Ceci, a filha portuguesa do seu “patrão”, interpretada pela atriz Tatiana Issa. Peri, índio, se apaixona por Ceci, branca. Entretanto Peri tem alma e não permite se cristianizar a pedido de sua amada. Peri tinha sede por liberdade, mas seu coração andava dividido. Peri salvara Ceci da morte três vezes e atendia a todos os pedidos de Ceci, até os mais banais, como capturar uma onça porque ela tinha achado o bichano “bonitinho”. O amor de Peri para com Ceci era deveras cego, ao ponto de deixar-se ser evangelizado somente para ter Ceci em seus braços. Por esse amor Peri traíra sua própria tribo, seu próprio povo. Porém mesmo “evangelizado”, Peri não sabia o que era viver sem liberdade, de modo que a sua vulga evangelização não servira para muita coisa no sentido de mudar o índio e a sua natureza. Em suma o filme, assim como o livro, nos conta como foi essa relação entre colonizados e colonizadores na descoberta da América, e hoje chamada de Brasil por nossas bandas.

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