Jovem e Bela

Jovem e Bela, de François Ozon, com Charlotte Rampling , França, 2013. Como nós, homens, podemos estabelecer ou dizer que somos de fato homens? Para as mulheres essa pergunta é mais fácil de ser respondida: Quando elas passam a ter o poder da sedução e deixar, nós homens, malucos por suas bocas, corpos e trejeitos. O filme nos conta a estória de uma menina que tem uma natureza forte e por isso não modificada com o tempo ou situações; Pessoas assim com este tipo de personalidade são donas do seu tempo e geralmente são desprovidas de sentimentos como amor, dor; No fundo pessoas com o temperamento da protagonista vêm ao mundo em busca de dar e receber prazer e somente isso importa essencialmente. Jovem e Bela nos narra a estória de uma garota que por curiosidade ( ou seria já sua própria natureza berrando em seus hormônios precoces?) perde sua virgindade com uns treze anos em uma bela praia da Riviera Francesa. Estudante de letras na Souborne a garota acha um meio de ganhar dinheiro e ainda fazer coisas que supostamente te davam prazer. O filme pode ser uma profunda tese psicanalítica, em que a garota se dá literalmente aos seus clientes por conta da ausência de um pai, sendo criada por madrasto e sua mãe. Mas como não somos Psicanalistas focaremos na natureza da protagonista, esta sim é marcante, pois impressiona sua frieza após cada encontro, cada transa, cada centavo contado através do seu trabalho “suave”. Ela faz seu trabalho como estivesse comprando um sutiã tamanho a sua naturalidade. Fazia isso pelo dinheiro? Não essencialmente, fazia mais porque sua natureza pedia. Não entrarei no mérito se essa tal natureza era somente de necessidade sexual ou não, mas tinha também a ideia de fazer o que as suas amigas da Souborne não faziam, do ser diferente dos outros, já que de certo modo ela se sentia assim por não ter tido pai e meio que explanava essa carência de uma forma que escandalizasse a sociedade e claro, a sua família culpada pelo fato de ter a deixado ser criada somente por sua mãe, sem a presença paterna. Quando escrevo que a menina já nasce com essa libido de natureza sexual inquietante é porque até o seu padrasto em certa cena não aguenta a natureza arrasadora da nossa bela protagonista. O filme nos deixa um recado: Não adiantam querer mudar a essência das pessoas, elas são o que são. Imagine se todas as pessoas do mundo fossem iguais, o quão chato seria esse mundo. Mudanças na vida acontecem, mas a essência das pessoas não muda. É um tipo de marca registrada que vem com nós quando nascemos, e gostemos ou não temos que “carregar” essa tal marca registrada pelos restos das nossas vidas. Belo filme e protagonista.

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