Azul é a Cor Mais Quente

Azul é a Cor Mais Quente, dirigido e co-roteirizado por Abdellatif Kechiche com brilhantes atuações de Adèle Exarchopoulos e Alma Jodorowsky, França, 2013. Cinematograficamente escrevendo o ano passado não deixou muitos bons filmes, ousaria em escrever que conta-se nos dedos os filmes realmente bons. Azul é a cor mais quente fora uma exceção desse fraco ano que passou, o filme seria bom em qualquer ano e não à toa ganhou a palma de ouro de Cannes em 2013. Com lançamento para o dia 06 de dezembro de 2013 no Brasil, só chegou na Bahia no final do ano ( normal esse atraso em comparações com São Paulo e Rio de Janeiro), mas vamos escrever sobre o filme, este pelo qual ainda me encontro em estado de êxtase , principalmente por suas duas personagens centrais, sendo que uma delas (Alma Jodorowsky ) , inclusive, não participa das ações promocionais do filme por ter sido tratada como um puta pelo diretor nas quentes cenas de sexo no filme ( a primeira cena sexual demorou dez dias pra fazer e tem quase dez minutos ininterruptos na projeção de 179 minutos ). O diretor por sua vez se defende falando que a atriz é parente de uma das maiores produtoras de cinema da Europa, e que pelo fato dele, o diretor, ter origem africana, sofrera preconceito pela família da atriz , a impedindo de fazer propaganda do filme. Muita polêmica gerou o atual filme Palma de Ouro em Cannes; O filme fora feito através de uma obra adaptada de Hqs de uma estudante francesa que na época tinha apenas 19 anos, hoje a escritora um pouco mais velha se sentiu “traída” por ver sua obra literária com outro viés na tela: o viés da venda: das cenas explicitas de sexo que exaustaram as atrizes ao limite por tanta repetição em um tipo de orgia mental do seu diretor para que elas ( as cenas e as atrizes ) ficassem perfeitas e comercialmente agradáveis tanto quanto fossem necessárias regravar tais ditas cenas. Entretanto quando escrevi que o filme é bom com ou sem a palma de ouro de Cannes, se deve ao fato que ele fica ecoando em nossas mentes durante um bom tempo. Não quis me prender a criticas que encontrarão a milhares no Google sobre o enredo do filme; Quis focar os bastidores antes e pós-filmagens para que depois de conferir ao filme os espectadores tenham suas conclusões e não se deixem influenciar por escritos de fulano ou beltrano taxando o filme como homo ou heterossexual, politicamente correto ou incorreto, pois na verdade o filme nos conta essencialmente uma estória de amor, e quando o assunto é amor ou paixão esses clichês ficam de fato irrelevantes. Não gosto do Steve Spielberg, mas ele acertou em cheio em premiar esse filme com a palma de ouro de Cannes como diretor do Júri do prestigiado festival: ponto ao cinema que agradece e se “desencareta”.

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