Caminho da liberdade

Hoje assisti uma coisa extraordinária que mexeu em meus brios de homem e ser humano, onde fica nítida a noção de tanto de gente ordinária que nos rodeia: Sem trocadilhos, apenas uma constatação. O filme é o Caminho da liberdade, do Peter Weir, EUA, 2010; Onde prisioneiros migram da Sibéria até a Índia. Isso mesmo, uma baita paletada que atravessa a antiga Rússia de ponta a ponta no período da primeira guerra mundial. Trata-se de uma caminhada desumano por fatores climáticos principalmente que cativa do começo ao fim, e por isso a constatação de hoje: Estarmos rodeados de pessoas ordinárias, sem pudores, sem valores e principalmente com pavor de ultrapassar as coisas ditas não ultrapassáveis por sei lá quem ou quando. Por isso (e já sócio-filosoficamente escrevendo) que a maioria das pessoas de hoje se tornam ordinárias: Pelo medo da perda das vulgas conquistas materiais, não sabendo a maioria que esse medo paralisa coisas bem mais importantes do que uma coisa palpável, como a superação de seu limite mental e humano, como por exemplo, abdicar de sua própria vida para salvar a de um amigo que estava no “mesmo barco” que ele na fria e enorme Sibéria de 1913. O filme tem como tema a fuga do uma prisão russa de quatro prisioneiros do regime Stalinista na primeira guerra mundial, mas me parece que pelos fatores abordados, ou seja: a falta de coleguismo em nosso sistema atual que cada um come o outro e ainda por cima se deixarem come cru mesmo, sem nenhum temperinho, é que o filme se torna integralmente atual, pois sistemas econômicos e sociais mudam, mas o homem: esse é difícil de mudar, com um sempre querendo puxar o tapete do outro em qualquer época. Se me arriscasse em escrever que a criação humana fora um erro certamente me xingariam de reacionário, mas de fato é o que acho da alma humana e se pudesse escolher em reencarnar como uma planta ou um animal ficaria melhor satisfeito, pois para esse que voz escreve o ser humano é nada mais ou nada menos que um erro divino, mas como já estamos aqui nessa passagem e vivos (ou semi-vivos para alguns muitos), tentemos então melhorar o que dá para melhorar. E quando escrevo MELHORAR; Esta palavra tem de ser entendida em todos os sentidos, tais como: Integridade em todos os setores e sentidos possíveis, principalmente o político e os governantes que nos representam, e muito mal, por sinal. Enfim esse filme nos remete a insights de que tudo está andando a marcha ré no Mundo, mas que ainda dá tempo para recuperar o tempo perdido e marcharmos para um mundo mais consciente, transparente e justo, independentemente de sua raça, local onde nasceu e vive ou sua religião. Forte e bom filme é esse que nos faz a permitir pensar depois de assistir o sofrimento alheio da nossa própria raça, de que estamos literalmente na contramão de um caminho certo para a humanidade.

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