Família do bagulho (We´re the Millers)

Família do bagulho (We´re the Millers) ,de Rawson Marshall Thurber, com Jennifer Aniston, EUA, 2013; Surpreende pelo humor despretensioso e inteligente em algumas cenas. A estória é a seguinte: um pequeno traficante ou fornecedor de maconha é roubado e com isso torna-se devedor de um dos seus antigos colegas de faculdade, que era o fornecedor-mor da erva na cidade de Denver, no Colorado. Para quitar sua dívida o operário para o anti-stress capitalista é intimidado a pegar uma “raspinha” da mercadoria no México, ou seja, atravessar a fronteira com o “contrabando”. Para que o plano dê certo nosso pequeno devedor arquiteta um plano para entrar e sair do país sem maiores problemas, que era viajar com sua família de férias, supostamente. Todavia tal fornecedor pouco ambicioso não dispunha de esposa e filhos para formar uma família e passasse despercebido na fronteira entre os países. Mas como a marijuana faz pensar também e não somente deixa-se lesado como a maioria imagina, o cara vai pegando um filho ali, uma esposa acolá e eis que por meio de recompensa, pois ninguém arisca a vida de graça, forma-se uma família com um casal de filhos e uma esposa gostosa. O plano estava formado e lá foi eles pegar a estrada rumo ao México e a “raspinha”. Quando se chega lá a “família “ percebe que a “raspinha” tratava-se de apenas duas toneladas da erva. Como não tinha como dizer que não sabiam da quantidade, a erva é armazenada e trazida dentro de um trailer alugado, e nesse caminho da volta que o filme é desenvolvido em sua maior parte com a “família” se metendo em vários embates e confusões na volta para casa. Mesmo com um tema polêmico, que é a maconha, o filme não foge do politicamente correto mostrando com sarcasmo, mas ainda assim mostrando que a família está acima de tudo, até mesmo de dinheiro e não interessando se a família era de fato verdadeira ou não. O que se vê, além das piadas de humor negro, é que gente mais cedo ou mais tarde não suporta a solidão e abre mão de tudo pra não ficar só, inclusive de grana. Uma comédia típica norte-americana que mostra a cultura prática do seu povo desprovido de sentimentalismos latinos, mas que ainda assim não abrem mãos de serem amados e amarem. Sim: trata-se de um filme “piegas” e que inegavelmente rende boas risadas.

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