Conexão Perigosa

Conexão perigosa, de Robert Luketic, EUA, França, 2013. Todos os críticos de cinema que conheço ou leio escrevem mais ou menos assim quando o filme não é bom: “ Lálálá e o espectador têm tudo para sair da sala pensando que poderia ter sido bem melhor”. Já este em que vos escreve por não ter rabo preso com ninguém, pode escrever assim: Esse filme é literalmente uma merda! Yes: refiro-me a Conexão perigosa ( Paranoia em inglês ) que aborda a competição no mundo dos negócios da tecnologia, a famosa T.I. ( Tecnologia da Informação, para os leigos ). Como enredo de início temos um funcionário (Liam Hemsworth) sendo demitido depois de um bate-boca com seu chefe (Gary Oldman). Após esse entrevero o chefe ou ex-chefe propõe um trabalho de espionagem na empresa do seu ex-sócio (Harrison Ford, como ele aceitou fazer estúpido filme?) e atual concorrente no meio das empresas de tecnologia. O jovem ganancioso aceita a proposta de emprego, pois além de mau-caráter estava devendo a Deus e o mundo por ser um suburbano metido a quem mora do outro lado da ponte da ilha de Manhattan, mais especificamente no bairro do Brooklyn. Por coincidência ou fragilidade do roteiro um dia antes do protagonista ser demitido ele conhece na balada uma garota, esta que por sua vez trabalha na empresa do inimigo do seu chefe ou ex-chefe ( quanta coincidência para arredondar um roteiro, não acham?). Todavia ok: os dois começam a namorar e engatam um relacionamento, mas já com outras intenções por parte do cara, que era roubar informações preciosas da empresa que estava espionando enquanto sua bela tomava uma ducha depois de uma transa. Com excessos e em certas cenas falta de qualidade de atores à parte, o longa é bem realista e atual, focado em um mundo capitalista em que a vontade de uma pessoa em "conquistar o mundo" pode entrar em constante conflito com a licitude das coisas. A produção também se destaca ao reforçar o poder das redes sociais e a idéia de que o sonho americano foi furtado desta última geração de jovens, forçados a conviver com um Estados Unidos em atual crise econômica. E somente com esses méritos, que são poucos para gostar de um filme, podemos afirmar que Quebrando a Banca, fora uma exceção na filmografia do diretor. Um filme com o orçamento de U$ 40 000 000 espera-se logicamente muito mais, por isso que se trata de um filme merda. Aqui na América do Sul com esse dinheiro faríamos obras primas, mas como Deus não dá asas a cobra, fiquemos então com nossos modestos orçamentos e filmes pouco competitivos.

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